Assim como em todos os países do mundo, o Natal na Itália possui seus costumes. São várias tradições com duas grandes origens diferentes: as de crenças Cristãs e as Pagãs que existiam antes da era cristã. Isto porque a Saturnália, a maior festa do Império Romano em celebração ao solstício de inverno, coincide com as festividades cristãs.
Sendo assim, para os italianos o Natal representa simultaneamente o nascimento de Cristo e o nascimento do Sol Indômito. Uma curiosidade, na Itália a palavra Natal (Natale, em italiano) significa aniversário.
Uma das tradições italianas que está desaparecendo é a abertura das
festividades pelos ‘Piferari’, ou banda de pífaros. Eles descem das
montanhas de Abruzzo e Latium tocando e convidando as pessoas para as
comemorações.
Na noite de Natal é o momento de observar uma das mais fortes
tradições da cultura italiana: o Presépio, construído de figuras
artesanais e repleto de adornos e sofisticações. Os presépios mais
elaborados são construídos nas igrejas, que freqüentemente concorrem
entre si disputando qual possui o mais belo. As pessoas vão passeando de
igreja em igreja para apreciar e comparar as diferentes montagens do
nascimento de Cristo, algumas que demoram anos para serem construídas.
Além das igrejas o presépio é comum em todos os lares da Itália, e na
noite de Natal, algumas famílias mantêm o costume de rezar em torno
dele enquanto a mãe coloca a figura do Bambino (Cristo-criança) na manjedoura.
Outra tradição é a queima de lareiras, que devem ficar acesas até a
data do Ano Novo. Esta é uma mistura das tradições do paganismo e
cristianismo. As crenças pagãs explicam que a purificação e
revitalização do poder do fogo se concentram na lareira, quando os
espíritos do mal do ano anterior são queimados. Já a lenda cristã fala
de como a Virgem Maria entra na casa dos humildes à meia-noite enquanto
as pessoas estão na Missa do Galo e aquece o seu filho recém-nascido
diante da lareira.
Quanto à Ceia de Natal, na maioria da Itália esta consiste de peixe, toneladas são preparadas. Em Roma, o prato tradicional é o Capitone,
uma enguia grande, assada ou frita. Já ao norte de Roma o cardápio
varia e os pratos tradicionais são carne de porco, lingüiça com pernil e
lentilhas, ou peru com castanhas.
E para a sobremesa os doces tradicionais: Panetone (bolo com frutas cristalizadas e passas), o Torrone e o Panforte – este último é um pão de gengibre com avelãs, mel e amêndoas.
Tradições camponesas defendem que a ingestão de nozes favorece a
fertilidade da terra e ajuda a criar os laços de família, por este
motivo todos os biscoitos, bolos e doces italianos contêm nozes ou
amêndoas.
E de presente, um costume na Roma antiga, era o mel, ofertado nessa época do ano para que o novo ano fosse doce.
Extraído de http://www.paganinigastronomia.com.br
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