A “força do destino” de Verdi foi tocada, este domingo, no concerto
de natal do Senado italiano, quando o primeiro-ministro Mario Monti
mantém o “tabu” sobre a sua candidatura às eleições antecipadas de
fevereiro.
Um “destino” que perde a “força”, ao dividir o Partido do Povo da
Liberdade de Berlusconi (centro-direita) que, este domingo, organizou
dois eventos paralelos para apoiar e condenar uma eventual candidatura
do tecnocrata.
Para o secretário-geral da formação, Angelino Alfano, que
protagonizou o comício pró-Monti e pró-Berlusconi: “temos duas opções,
ou Monti como líder do centro-direita, ou se não quiser aproveitar esta
oportunidade histórica, nós estamos prontos a conduzir o país, pois as
nossas ideias são melhores que as da esquerda”.
Numa entrevista televisiva, este domingo, Silvio Berlusconi – que
precipitou há dias a saída de Monti ao retirar o apoio ao governo –
voltou a afirmar que está à espera de uma resposta do chefe de governo, e
que, “caso seja positiva”, está disposto a retirar a sua candidatura.
Uma posição que está longe de agradar à ala mais conservadora do
partido, que defende uma rutura total com Berlusconi e com as políticas
de austeridade de Monti.
Um evento intitulado, a “primária das ideias”, serviu, ontem em Roma, de tribuna ao descontentamento com a “continuidade”.
“Temos que escolher um centro-direita alternativo, o atual não é
bom, temos que afastar todos os políticos condenados pela mafia ou
acusados de corrupção”, afirmou a líder dos “dissidentes”, Giorgia
Meloni.
Monti reuniu-se, este domingo, com o presidente italiano para
discutir o seu futuro político, quando, à direita, quer a candidatura de
Berlusconi, quer a candidatura de Monti não parecem retirar a vantagem à
esquerda, nas últimas sondagens (30% Partido Democrático, 16,5% para
Partido do Povo da Liberdade).
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