Eleições parlamentares definirão novo premiê, senadores e deputados.
No Brasil, votos devem ser entregues até 16h de 21 de fevereiro.
O consulado italiano no Brasil anunciou nesta terça-feira (29) que, a
partir do dia 6 de fevereiro, os 270 mil italianos que vivem no país
estarão aptos a votarem nas eleições parlamentares que definirão o novo
premiê da Itália, senadores e deputados.
Segundo um comunicado do consulado sediado no Rio de Janeiro, "as
cédulas de votação serão enviadas para os eleitores, pelo correio, até o
dia 6 de fevereiro e devem ser preenchidas e entregues ao consulado até
às 16h do dia 21 de fevereiro de 2013. O envelope é selado e entregue
em branco contendo a certidão eleitoral, as instruções necessárias para
votação, a lista de candidatos da própria jurisdição e o endereço da
representação consular; para onde a ficha eleitoral deve ser
encaminhada."
O consulado também avisa que quem não receber o envelope até 10 de
fevereiro deve "dirigir-se ao Consulado para verificar sua situação
eleitoral e, eventualmente, solicitar uma duplicata."
A volta de Berlusconi?
O quatro vezes primeiro-ministro Silvio Berlusconi ampliou sua alta nas pesquisas italianas, aumentando as chances de que o Partido Democrático, de centro-esquerda, agora liderando a corrida, tenha que buscar um pacto com o bloco do atual premiê, o tecnocrata Mario Monti, de centro.
O quatro vezes primeiro-ministro Silvio Berlusconi ampliou sua alta nas pesquisas italianas, aumentando as chances de que o Partido Democrático, de centro-esquerda, agora liderando a corrida, tenha que buscar um pacto com o bloco do atual premiê, o tecnocrata Mario Monti, de centro.
Segundo a agência de notícias Reuters, sua recuperação se segue a uma
blitz em praticamente todo programa de debate televisivo na Itália, onde
o bilionário de 76 anos mesclou ataques furiosos contra o governo
tecnocrata de Monti, a Alemanha e a esquerda, prometendo restaurar o
crescimento e descartar um odiado tributo sobre propriedades.
Seu crescimento é uma reminiscência de 2006, quando o extravagante
showman recuperou 10 pontos percentuais e quase roubou de Romano Prodi o
que parecia ser uma vitória garantida a um mês das eleições.
Uma pesquisa divulgada no dia 18 mostrou que a aliança entre o
centro-esquerda Partido Democrático e o partido esquerdista Esquerda,
Ecologia, Liberdade estava com 33%, abaixo dos 34,9% de uma semana
atrás, com a aliança de Berlusconi com 27,2% e o bloco de Monti com
13,7%.
Berlusconi
cumprimenta o premiê italiano, Mario Monti, em evento do dia do
Holocausto em Milão neste domingo (27) (Foto: Antonio Calanni/AP)
Se este resultado se confirmar, a centro-esquerda teria uma maioria
sólida na Câmara Baixa. Mas, devido a peculiaridades da legislação
eleitoral, Berlusconi poderia perder para a centro-esquerda na contagem
nacional e ainda obter cadeiras suficientes no Senado, onde o voto é
calculado região por região, impedindo Bersani de obter uma maioria na
Câmara Alta.
Isso importa porque a legislação na Itália deve ser aprovada em ambas
as Casas. A centro-direita tradicionalmente controla a maioria das
regiões populosas da Itália, como a Lombardia, o Vêneto e a Sicília, que
recebem mais cadeiras no Senado.
Isso significa que a centro-esquerda, mesmo que acumule uma pequena
maioria no Senado, poderia buscar o apoio de Monti na Câmara Alta para
evitar uma repetição do segundo mandato condenado de Prodi, que terminou
depois que sua frágil maioria entrou em colapso.
Ex-comissário europeu, Monti recebeu o crédito de investidores e
credores estrangeiros por ter restaurado a credibilidade da Itália, e
qualquer papel que tenha em um governo futuro provavelmente será bem
recebido pelos mercados.
Monti e Bersani evitam comentar diretamente a possibilidade de criarem
uma aliança, mas deram indícios de que podem estar prontos para
trabalhar nisso depois da eleição de 24 e 25 de fevereiro, e o avanço de
Berlusconi está tornando isso mais provável.
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