Programa eleitoral prevê concessão da nacionalidade italiana para quem nasce no país
“Não tenho nenhuma dúvida e tenho uma clara posição moral e política:
sou favorável à concessão da cidadania italiana aos filhos de imigrantes
nascidos na Itália”. A afirmação é do primeiro-ministro Mario Monti,
candidato à reeleição com a Lista Cívica para a Itália, e foi feita
ontem durante uma entrevista ao programa “Radio Anch’Io”.
“Não pudemos fazer [a reforma das leis de cidadania] durante o governo
de emergência porque a questão não estava entre as prioridades que o
Parlamento nos havia assinalado, mas principalmente porque sabíamos que
uma parte da política, a que pertence ao PDL, não era favorável”. Em
junho do ano passado, Monti havia afirmado que sentia “muito
pessoalmente o problema, mas que não pretendia arriscar uma crise de
governo por causa deste tema”.
“Penso que seja oportuno conceder a nacionalidade italiana, seja por
uma questão de elementar direito civil, seja porque é de interesse da
Itália, em condições de máximo controle da imigração ilegal, favorecer o
intercâmbio social, demográfico e cultural da nossa população que deve
se tornar mais dinâmica. O que muitas vezes acontece através da
imigração, como nos mostra a história dos Estados Unidos”, disse Monti.
Em seu programa eleitoral, Monti propõe “a atribuição da cidadania
italiana ao momento do nascimento para os filhos de imigrantes que
residam no país há pelo menos cinco anos, ou ao momento de conclusão de
um ciclo de estudos para os que chegam na Itália antes de completarem 18
anos ou para os que nascem na Itália de pais residentes há um breve
período”.
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