Bersani, Vendola e Monti
Roma - O líder da Opção Cívica (Scelta Civica), o premier demissionário Mario Monti,
disse que pouco se importa com as pesquisas a 20 dias das eleições, e
convidou a formar uma coalizão ampla que reúna aqueles que, de fato,
estão dispostos a assumir as reformas. "Acompanho as pesquisas de
intenção de voto, mas a verdadeira enquete será a dos dias 24 e 25 de
fevereiro", dias das eleições no país, observou o primeiro-ministro.
Monti salientou que para resolver "emergências da Itália" é necessária
uma ampla coalizão de todos os que desejam e querem fazer as reformas.
Sobretudo no interesse dos jovens, dos italianos do amanhã", disse ele.
O
ex-Comissário Europeu acrescentou que "estamos prontos a cooperar com
todos (...) os que estão de fato dispostos a fazer as reformas
necessárias. Imagino que, se o Pierluigi Bersani
(líder do PD, Partido Democrático, de centro-esquerda) está
interessado, como declarou, a colaborar com as forças que represento,
terá que fazer eleições dentro de seu polo", disse ainda Monti.
Essa
foi a sua resposta ao candidato do PD às eleições italianas, que ontem
(5) disse estar "pronto para cooperar" com o primeiro-ministro e
atravancar o caminho do ex-chefe de governo, Silvio Berlusconi.
"Berlusconi
e a Liga Norte têm 24% das preferências, não ganharam", disse Bersani
ao participar em Berlim do Conselho Alemão para as Relações Exteriores.
Bersani confirmou hoje (6) a intenção anunciada em Berlim, mas Nichi Vendola, principal aliado do PD, disse discordar.
Vendola, líder do SEL (Esquerda, Ecologia e Liberdade - Sinistra, Ecologia e Libertà)
e governador da Puglia, atacou Bersani: "Espero que não queira assumir a
responsabilidade de romper a aliança de centro-esquerda. Os programas
de Monti e da centro-esquerda são irreconciliáveis, há distâncias
siderais com Monti sobre o mercado de trabalho e os direitos dos
trabalhadores".
De seu lado, Berlusconi afirmou hoje (6) que
"o governo dos técnicos fez um estrago que temos que consertar. Que não
venham a contar histórias, porque deixamos o governo com as contas
públicas em ordem", comentou.
www.italianos.it
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