Como
nos tempos retratados em muitos filmes do neorrealismo, na Itália
ressurgem os emigrantes, que se mudavam para a Alemanha, país que em
muitos desses filmes era a meta desejada por milhões de italianos, que
cruzavam os Alpes em busca de fortuna e de um futuro.
Diferentes
fontes confirmaram nos últimos meses o aumento dos fluxos migratórios
da Itália (especialmente da região sul da península) para Berlim e
outras cidades da Alemanha.
A razão para este novo fenômeno é
muito clara: é a recessão na Itália, um país que nos anos difíceis do
pós-guerra conheceu de perto o drama da emigração.
Os dados foram destacados pela organização Caritas durante a viagem recente do presidente italiano Giorgio Napolitano a Berlim.
Sem
sombra de dúvida, diz o relatório, é uma emigração muito mais limitada e
menos dura do que aquela que se seguiu à Segunda Guerra Mundial, mas os
riscos são muitos, mesmo para esta pequena leva de emigrantes, opinaram
os especialistas da Caritas.
Eles estão expostos a pragas
modernas típicas, como o trabalho precário e a marginalização, tanto em
termos profissionais como sobre o tipo de moradia em que muitos vivem.
Outro
aspecto da crise italiana é o número crescente de imigrantes, muitos
dos quais vindos da América Latina, que chegaram à Itália há algum tempo
e agora estão deixando o país, retornando às suas casas justamente por
causa da crise.
Segundo dados não oficiais, nos últimos meses cerca de 700 mil estrangeiros voltaram para seus países de origem.
www.ansa.it/www.italianos.it
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