do G1 -Quase três anos depois do início das obras, os cariocas ganham, na
noite desta sexta-feira (1º), a primeira obra concluída do projeto de
revitalização da Zona Portuária da cidade. É o Museu de Arte do Rio
(MAR), complexo cultural que inclui dois prédios: a Escola do Olhar,
cuja proposta é formar professores e alunos a partir da conjugação de
arte e educação; e o Palacete Dom João VI, que vai abrigar exposições
nas oito salas distribuídas por seus quatro andares.
Fachada
do Palacete Dom João VI, um dos prédios que compõem o Museu de Arte do
Rio (MAR): edifício abrigará oito salas de exposições a partir desta
sexta (1º) (Foto: Alexandre Macieira/Riotur)
Com 15 mil metros quadrados, sendo 2,4 mil de área expositiva, o museu
será inaugurado com as expsições simultâneas "Rio de Imagens: uma
paisagem em construção", "O colecionador: arte brasileira e
internacional na coleção Boghici", "Vontade construtiva na Coleção
Fadel" e "O abrigo e o terreno - Arte de sociedade no Brasil I".
Para acessar o palacete, o público terá obrigatoriamente que entrar no
complexo pela escola. Por meio de um elevador, os visitantes chegarão ao
último andar, onde encontrarão uma passarela que dá acesso ao prédio
expositivo. As mostras, então, poderão vistas de cima para baixo, do
terceiro andar ao térreo.
Retratos
dos escritores Oswald de Andrade (à esq.) e Mario de Andrade pintadas
por Anita Malfatti, da mostra 'O colecionador: arte brasileira e
internacional na Coleção Boghici' (Foto: Alexandre Durão/G1)
A primeira neste fluxo de visitação proposto pelo museu delas é "Rio de imagens", sobre as transformações do cenário urbano da cidade ao longo de quatro séculos.
Com curadoria de Carlos Martins e Rafael Cardoso, a exposição vai
contar com aproximadamente 400 peças, dentre elas quadros de Tarsila do
Amaral, gravuras de Lasar Segall e aquarelas de Ismael Nery, além de uma
reprodução multimídia que remonta a antiga Avenida Central, a atual
Avenida Rio Branco, no Centro.
No segundo andar, serão exibidas cerca de 140 peças da coleção particular do marchand Jean Boghici.
A mostra "O colecionador: arte brasileira e internacional na coleção
Boghici" inclui pinturas e esculturas de Di Cavalcanti, Brecheret,
Guignard, Vicente do Rego Monteiro, Rubens Gerchman, Antonio Dias,
Calder, Kandinsky e outros 70 artistas sob a curadoria de Luciano
Migliaccio e Leonel Kaz. O detalhe fica por conta da disposição das
peças, organizadas em dois grandes círculos. No primeiro, as telas
ficarão voltadas para o centro da sala; na segunda, viradas para as
paredes, numa alusão ao movimento de sístole e diástole, como definem os
curadores.
Detalhe
de um dos salões onde será exposta parte da coleção do marchand e
colecionador de arte Jean Boghici (Foto: Alexandre Durão/G1)
Um piso abaixo, a "Vontade construtiva na Coleção Fadel" reis de Helio Oiticica e Ernesto Neto, que
promovem interatividade com o público.eúne
aproximadamente 230 peças, todas produzidas por artistas plásticos
brasileiros participantes dos movimentos concreto e neoconcreto, que
surgiram e se desenvolveram durante as décadas de 1950 e 1960. São
destaques obras de Willys de Castro, Hercules Barsotti, Lygia Clark,
Franz Weissemen, Ligya Pape, Hélio Oiticica e Aloísio Carvão, entre
outros, sob curadoria de Paulo Herkenhoff e Roberto Conduru.
Com curadoria de Clarissa Diniz e Paulo Herkenhoff, "O abrigo e o terreno - Arte de sociedade no Brasil I" será instalada no térreo e vai incluir obras relativas às questões do
direito à habitação, à política territorial, à ocupação do espaço
público e aos grandes projetos de reforma urbana, além das relações de
inclusão e exclusão no contexto urbano. Além de projetos coletivos,
também serão expostas obras de Antonio Dias, Bispo do Rosário e Lygia
Clark, entre outros, e penetráveis de Helio Oiticica e Ernesto Neto, que promovem interatividade com o público.
O Museu de Arte do Rio de Janeiro é uma realização da prefeitura do Rio e da Fundação Roberto Marinho.
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