sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Itália quer indicar Lampedusa a Prêmio Nobel da Paz

   Foto de arquivo de imigrantes chegando em Lampedusa (foto: ANSA)
Foto de arquivo de imigrantes chegando em Lampedusa (foto: ANSA)
 
 
 
Roma e Lampedusa - As equipes de socorro e a Guarda Costeira italiana retiraram do mar 111 corpos de imigrantes africanos vítimas do naufrágio ocorrido ontem (3) próximo à ilha de Lampedusa, no sul do país.
Entre os corpos retirados, há o de quatro crianças. Cerca de 150 imigrantes foram resgatados com vida do acidente. No entanto, acredita-se que o número de mortos possa chegar a 300, já que a embarcação levava 500 passageiros.

Devido à agitação do mar nesta sexta-feira, as autoridades decidiram suspender o trabalho dos mergulhadores, que ajudam as equipes de socorro na busca por outras vítimas.

O governo italiano decretou luto nacional para esta sexta-feira. Uma missa será celebrada às 18h locais (13h no horário de Brasília) na igreja de Lampedusa. Após a missa, presidida por Dom Stefano Nastasi, haverá uma peregrinação dos moradores da ilha.

A ilha de Lampedusa há décadas é um dos principais destinos de imigrantes africanos que tentam chegar à Europa. Dezenas de naufrágios são registrados anualmente na ilha, que em julho recebeu a visita do papa Francisco. Na ocasião, o Pontífice disse que os acidentes com imigrantes eram "um espinho no coração".

Nobel
 O vice-primeiro-ministro e ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, anunciou hoje que Roma e a União Europeia (UE) apóiam uma possível candidatura de Lampedusa ao Prêmio Nobel da Paz. Demonstrando ceticismo, Alfano disse ainda que "não há razões para acreditar que ontem foi a última vez que um acidente do tipo ocorreu em Lampedusa".


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