quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Berlusconi está prestes a ser expulso do Parlamento na Itália

Expulsão o deixaria sem imunidade parlamentar diante de vários processos.
Ela não teria consequências imediatas para o governo de centro-esquerda.

Da AFP

O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi dá entrevista nesta segunda-feira (25) em Roma (Foto: Alessandro Bianchi/Reuters) 
O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi dá entrevista nesta segunda-feira (25) em Roma 
(Foto: Alessandro Bianchi/Reuters)
 
 
O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, no centro da vida política do país há 20 anos, enfrenta nesta quarta-feira (27) uma votação que pode cassar seu mandato no Parlamento, o que o deixaria sem imunidade parlamentar ante vários processos.

A votação está prevista para 18h GMT (16h de Brasília) e, caso seja aprovada, a expulsão do "Cavaliere" não teria consequências imediatas para o governo, segundo analistas.

O resultado da votação não gera dúvidas, já que a esquerda e o Movimento Cinco Estrelas do humorista Beppe Grillo anunciaram um voto conjunto.

A princípio, a decisão não provocará consequências para o governo de coalizão de Enrico Letta, de centro-esquerda, que pode contar com a lealdade dos cinco ministros de direita, incluindo um ex-aliado de Berlusconi, Angelino Alfano, e outros 50 deputados reagrupados como Nova Centro-Direita.

Berlusconi e seus "falcões" passaram à oposição na terça-feira ao pedir um voto contra a lei de orçamento, sobre a qual o governo havia apresentado uma "maxiemenda" com todas as modificações atribuídas pelo Senado ao projeto de lei.

A moção de confiança foi vencida pelo governo durante a noite por 171 votos a 135.

A imprensa italiana enfatiza nesta quarta-feira a retirada do apoio, mais que o fim de 20 anos de domínio de Berlusconi na política do país.

Alguns não parecem acreditar nele, como o jornal "La Repubblica", que escreve: "A aposta de Silvio: voltarei ao palácio Chigi".

Os partidários de Berlusconi anunciaram um protesto para esta quarta-feira em Roma, enquanto os opositores pretendem celebrar sua queda perto do Senado.

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