Expulsão o deixaria sem imunidade parlamentar diante de vários processos.
Ela não teria consequências imediatas para o governo de centro-esquerda.
O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi dá entrevista nesta segunda-feira (25) em Roma
(Foto: Alessandro Bianchi/Reuters)
O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi,
no centro da vida política do país há 20 anos, enfrenta nesta
quarta-feira (27) uma votação que pode cassar seu mandato no Parlamento,
o que o deixaria sem imunidade parlamentar ante vários processos.
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A votação está prevista para 18h GMT (16h de Brasília) e, caso seja
aprovada, a expulsão do "Cavaliere" não teria consequências imediatas
para o governo, segundo analistas.
O resultado da votação não gera dúvidas, já que a esquerda e o
Movimento Cinco Estrelas do humorista Beppe Grillo anunciaram um voto
conjunto.
A princípio, a decisão não provocará consequências para o governo de
coalizão de Enrico Letta, de centro-esquerda, que pode contar com a
lealdade dos cinco ministros de direita, incluindo um ex-aliado de
Berlusconi, Angelino Alfano, e outros 50 deputados reagrupados como Nova
Centro-Direita.
Berlusconi e seus "falcões" passaram à oposição na terça-feira ao pedir
um voto contra a lei de orçamento, sobre a qual o governo havia
apresentado uma "maxiemenda" com todas as modificações atribuídas pelo
Senado ao projeto de lei.
A moção de confiança foi vencida pelo governo durante a noite por 171 votos a 135.
A imprensa italiana enfatiza nesta quarta-feira a retirada do apoio,
mais que o fim de 20 anos de domínio de Berlusconi na política do país.
Alguns não parecem acreditar nele, como o jornal "La Repubblica", que escreve: "A aposta de Silvio: voltarei ao palácio Chigi".
Os partidários de Berlusconi anunciaram um protesto para esta
quarta-feira em Roma, enquanto os opositores pretendem celebrar sua
queda perto do Senado.
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