quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Senado vota hoje cassação de Silvio Berlusconi

  Berlusconi pode se despedir do Senado nesta quarta-feira (27) (foto: ANSA)
Berlusconi pode se despedir do Senado nesta quarta-feira (27) (foto: ANSA)
 
 
Roma  - Finalmente chegou o dia que era esperado por muitos, mas temido por outros tantos. Nesta quarta-feira (27), após meses de polêmica, o Senado italiano deve votar o pedido de cassação do mandato do ex-premier Silvio Berlusconi.

    A votação, que será aberta, estava prevista para acontecer depois das 19h na Itália (16h no horário de Brasília), mas pode ser antecipada em duas horas. 25 senadores já se inscreveram para falar em plenário sobre a questão, sendo 22 deles a favor do Cavaliere. A maioria faz parte do seu partido, o Forza Italia, e do Nova Centro-Direita, legenda criada recentemente pelo ex-braço direito de Berlusconi e atual vice-primeiro-ministro, Angelino Alfano.

    Em uma de suas últimas cartadas para tentar evitar a perda do mandato, o ex-premier convocou uma manifestação em Roma para pressionar o Senado. "Eu trabalhei bem para o meu país, como empreendedor e homem de Estado. Sou 100% italiano e iniciei na política em 1994 para evitar uma deriva justicialista na Itália. Nunca tive ambições políticas, continuarei a defender aquilo que eu penso ser o principal direito, o da liberdade. E o farei com orgulho", afirmou.

    O pedido de cassação foi aberto após o ex-primeiro-ministro ser condenado por fraude fiscal no processo conhecido como "Mediaset". A Terceira Corte de Apelo de Milão sentenciou o Cavaliere a quatro anos de prisão e dois anos de afastamento de cargos públicos. Existe a expectativa sobre que efeitos teria sobre o governo de Enrico Letta uma possível saída de Berlusconi do Parlamento.

    Seu partido, o recém recriado Forza Italia, de orientação conservadora, fazia parte da base de apoio do atual premier, de centro-esquerda. No entanto, ontem (26) a legenda anunciou sua saída da coalizão, diminuindo a maioria de Letta no Congresso. O impacto só não foi maior porque um grupo de dissidentes de Berlusconi, liderados por Alfano, fundou o Nova Centro-Direita e manteve o apoio ao atual primeiro-ministro. (ANSA)

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