quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Letta lança pacto e desafia possível sucessor

Enrico Letta negou que vá renunciar ao cargo de primeiro-ministro (foto: ANSA)
Enrico Letta negou que vá renunciar ao cargo de primeiro-ministro (foto: ANSA)
 
Roma  - O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, apresentou nesta quarta-feira (12) em uma coletiva de imprensa a proposta de um pacto de governo para os partidos que fazem parte da base aliada. Chamado de "Compromissos para a Itália", o documento prevê medidas de 30 bilhões de euros (R$ 99 bilhões) para fortalecer a retomada da economia do país.

    Desse total, 14 bilhões (R$ 46 bilhões) serão destinados à redução dos custos de contratação, diminuindo impostos para empresas e trabalhadores. Segundo o premier, as desonerações já devem começar neste ano. O objetivo é proporcionar um aumento de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2014 e de 2% em 2015.

    Durante a apresentação do pacto, Letta ainda desafiou o secretário da sua própria sigla -- o Partido Democrático (PD) --, Matteo Renzi, que assumiu a liderança da legenda no final do ano passado e desde então vem atuando intensamente para emplacar suas ideias dentro do governo. "Eu peço clareza e penso que os cidadãos também. Renúncias não se dão por rumores ou manobras palacianas. Cada um deve se pronunciar e dizer o que quer, especialmente aqueles que querem estar no meu lugar", disse o primeiro-ministro, em clara referência ao correligionário, que também é prefeito de Florença.

    Nos últimos dias, ganhou força na imprensa italiana a notícia de que poderia haver uma troca no governo, com o secretário do PD substituindo Letta, a quem ele frequentemente acusa indiretamente de lentidão. Nesta quinta-feira (13), a direção do partido deve se reunir, em um encontro que está cercado de expectativa. Especula-se que Renzi poderia finalmente declarar publicamente sua vontade de se tornar premier.

    "Eu me considero um homem das instituições. Assim eu me comportei até aqui e assim me comportarei no futuro. Eu não me movo de acordo com objetivos pessoais, e estou sereno, até zen", afirmou o primeiro-ministro, que também negou que esteja pensando em renunciar. (ANSA)

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