Declaração provocou nova revolta em seus adversários políticos.
Partido Socialista Europeu descreveu o comentário como "desprezível".
O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi em foto de
novembro de 2013 (Foto: Reuters)
O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi,
prestes a começar a cumprir uma sentença por evasão fiscal, provocou
uma nova revolta em seus adversários políticos neste sábado (26) ao
insinuar que a Alemanha não reconheceu a existência de campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.
Berlusconi despertou a mais recente de uma longa sequência de polêmicas
ao dar mais uma cutucada em seu antigo desafeto Martin Schulz,
presidente alemão do Parlamento europeu e candidato da centro-esquerda
para liderar a Comissão Europeia.
Referindo-se à tempestade criada em 2003, quando em tom de brincadeira
ofereceu a Schulz um papel em um filme como "kapo" (detento indicado
como supervisor) de um campo de concentração, Berlusconi disse em uma
reunião de seu partido que seus comentários foram feitos em um clima de
ironia.
"Eu disse, de forma gentil, que lhe arrumaria um emprego, dado que um
diretor de cinema amigo meu estava planejando fazer um filme sobre os
campos de concentração alemães", declarou.
Em seguida ele acrescentou: "De acordo com os alemães, nunca houve campos de concentração".
O Partido Socialista Europeu (PSE), que agrupa agremiações europeias de
centro-esquerda, descreveu os comentários como "desprezíveis" e pediu
que o Partido do Povo Europeu, ao qual a Força Itália, partido de
Berlusconi, é afiliada, os condene.
"Estes comentários de Berlusconi são um insulto a todo o povo alemão, e
não somente a Martin Schulz," disse o presidente do PSE, Sergei
Stanishev, em um comunicado.
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