A decoração dos ovos de Páscoa em Luebbenau, na Alemanha (foto: Ansa)
É o caso da Rússia. Neste ano, a Páscoa ortodoxa coincide com a
católica e o Museu Histórico de Estado de Moscou, na Rússia, exibe uma
mostra com 50 ovos de porcelana decorados, que já pertenceram à família
imperial russa.
Os primeiros ovos de Páscoa de porcelana foram feitos por Dmitry Vinogradov, na Páscoa de 1749. A partir daí, a troca de ovos de porcelana tornou-se um dos rituais obrigatórios na etiqueta da corte. Entre os anos de 1885 e 1916 a família francesa de joalheiros Fabergé, radicada na Rússia, presenteia o czar Alexandre III com uma série de 50 ovos de Páscoa, todos eles diferentes entre si e celebrando temas da família ou eventos notáveis do Estado. São os famosos e valiosíssimos ovos Fabergé.
Os ovos exposto no Museu Histórico de Estado são decorados com pequenas obras de arte. Trazem pinturas religiosas russas do século XIX e possuem imagens como a de Santa Maria Madalena, pintada por Viktor Vasnetsov para a Catedral de Vladimir, em Kiev.
Mas como nem todos podem se dar ao luxo de trocar ovos de ouro, os
russos utilizam ovos de galinha decorados para presentear uns aos
outros. Eles representam esperança , renovação, vida renovada e prática
data do século X.
Na Romênia, muitas vezes os ovos são cobertos com pequenas miçangas
formando imagens geométricas. Na República Checa e na Eslovênia os ovos
são envoltos em uma delicada tela de arame, que podem ser tecidas em
diversos padrões.
Já na Croácia, os ovos, ou pisanice como são chamados pelos locais,
são gigantes e de plástico e medem 2 metros de altura. Eles são pintados
por artistas de Koprivnica e Križevac County e depois distribuídos para
serem expostos em cidades do país. Os ovos croatas simbolizam a alegria
e o amor que a Páscoa traz.
Na Hungria também acontece a troca de ovos decorados, mas lá há uma
tradição ainda mais curiosa. No pequeno vilarejo de Hollókó, uma
tradição peculiar ocorre durante a semana santa. Seus cerca de 400
habitantes predominantemente católicos se vestem com roupas tradicionais
para participar de um ritual de fertilidade.
No domingo de Páscoa, os meninos esperam as garotas nas ruas
para literalmente jogar baldes de água nelas. As meninas são comparadas a
flores e, com este ritual, não irão "murchar".
Entre as tradições judaicas está a de não comer pão com fermento
durante a Páscoa. A prática começou aproximadamente nos anos 1200 a.C.,
quando durante a festa as pessoas comiam ervas amargas para celebrar a
amargura da escravidão e o pão sem fermento para recordar a saída
apressada do Egito. Até os dias de hoje, os israelenses queimam tudo o
que leva fermento e comem o único pão que pode ser consumido durante o
período de páscoa. (ANSA)
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