quinta-feira, 1 de maio de 2014

Em asilo, Berlusconi ficará em ala para Alzheimer

  Ex-premier italiano cumprirá 1 ano de pena com serviços sociais em um asilo de Milão (foto: ANSA)
Ex-premier italiano cumprirá 1 ano de pena com serviços sociais em um asilo de Milão (foto: ANSA)
 
 
Milão - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi começará oficialmente no dia 9 de maio a prestar serviços sociais em um asilo em Milão, como forma de descontar sua pena por fraude fiscal. O político foi condenado no ano passado e teve seu mandato de senador cassado.

    Segundo o diretor-geral do "Instituto Sacra Famiglia", Paolo Pigni, o ex-premier irá atuar em uma ala de atendimento para pacientes com Mal de Alzheimer. Ontem, Berlusconi se reuniu com a direção do asilo para negociar os parâmetros de suas atividades.

    "O ex-premier está completamente de acordo com os detalhes do projeto delineado pela Sacra Famiglia, pela UEPE e pela Caritas", comentou o diretor, em uma coletiva de imprensa.

    "Berlusconi não fará atividades divertidas ou relaxantes, e não poderá ficar no escritório". Pigni também destacou que o ex-premier "entrará em contato com sofrimentos e situações que poderão enriquecer sua experiência".

    "No Instituto Sacra Famiglia, nem Silvio Berlusconi, nem ninguém, poderá fazer campanha eleitoral", disse, por fim, Pigni, ressaltando que, "nesse ponto, a direção do asilo será inflexível, proibindo toda atividade de caráter político, assim como declarações, comícios, banquetes ou manifestações".
Berlusconi foi sentenciado em agosto do ano passado a quatro anos de prisão por ter sonegado impostos referentes à compra e venda de direitos televisivos, no processo conhecido como "Mediaset". A sentença também incluía afastamento de cargos públicos, mas essa pena só foi confirmada no último mês de março. Ainda em 2013, o período de reclusão foi reduzido para somente 12 meses por um indulto, o que abriu a possibilidade de o ex-premier cumpri-lo por meio da prestação de serviços sociais.

    A condenação por fraude fiscal também levou à cassação do seu mandato de senador no final do ano passado. O líder do partido Forza Italia (FI) terá que trabalhar no asilo uma vez por semana, por quatro horas consecutivas. (ANSA)

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