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Imagem mostra fraturas nas pernas do Davi de Michelangelo (foto: ANSA)
Por conta disso, um grupo de pesquisadores do Instituto de Geociências e Georrecursos do Conselho Nacional de Pesquisas da Itália (CNR) e da Universidade de Estudos de Florença aplicou uma abordagem experimental em uma réplica de gesso de 10 cm da escultura, que foi colocada dentro de uma centrífuga. Os resultados do trabalho foram publicados no Journal of Cultural Heritage, e apontam que constantes inclinações da obra foram um fator determinante para o aparecimento das lesões.
"Durante a rotação no interior do equipamento, os modelos em
pequena escala são submetidos a forças muito mais elevadas que a
gravidade, mas agem da mesma forma. Em diferentes testes, as pequenas
estátuas foram submetidas a uma força centrífuga crescente, tornando-as
sempre mais 'pesadas', até que os esforços gravitacionais superam a
resistência do material e há uma ruptura", explicou o pesquisador do CNR
Giacomo Corti.
Os experimentos analisaram a influência de vários parâmetros e
levaram à conclusão de que, tanto a estabilidade como as características
das deformações do Davi, se devem principalmente à inclinação da
escultura. "Quanto maior é o ângulo de inclinação, maior é a
instabilidade da estátua sob o próprio peso, principalmente para
inclinações superiores a 15°", acrescentou o estudioso.
No caso da obra original, Corti acredita que as inclinações não
passaram de 5°, mas ainda assim foram determinantes para o surgimento
dessas pequenas fraturas. "Provavelmente, essa pequena inclinação
ocorreu durante sua permanência em frente ao Palazzo Vecchio, entre 1504
e 1873", afirmou. Nesse período, a obra-prima de Michelangelo ficava em
uma praça de Florença, mas agora ela se encontra protegida dentro do
museu Galleria dell'Accademia, na mesma cidade, e no seu lugar foi
colocada uma réplica. (ANSA)
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