Nápoles - O ex-primeiro-ministro da Itália Romano Prodi afirmou nesta quarta-feira (16) que nunca suspeitou que houvesse um esquema liderado pela centro-direita para derrubar o seu governo em 2008. A declaração do ex-premier foi dada durante depoimento em um processo sobre uma suposta compra e venda de apoio no Senado para acabar com a exígua maioria que ele tinha na Casa.
"Se eu tivesse sido informado sobre situações precisas, a essa hora seria ainda primeiro-ministro. Aquilo que chegava eram apenas fofocas contínuas", explicou. Um dos réus do caso é o também ex-chefe de governo Silvio Berlusconi - adversário político de Prodi -, que teria subornado parlamentares, em especial o ex-senador Sergio De Gregorio, para que mudassem de partido.
Com isso, o ex-primeiro-ministro de centro-esquerda perdeu a maioria no Congresso e renunciou ao cargo, sendo sucedido justamente por Berlusconi. O próprio De Gregorio já admitiu publicamente que recebeu 2 milhões de euros (R$ 6 milhões) na ocasião. Prodi também contou em seu depoimento que só ficou sabendo da conspiração quando, em 12 de junho de 2013, o ex-senador lhe enviou uma carta pedindo perdão por ter "traído o mandato dado pelos eleitores, ofuscado pela lógica do dinheiro e do poder". (ANSA)
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