segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Presidência italiana não desmente possível renúncia

Giorgio Napolitano estaria pensando em deixar o cargo em 2014

Giorgio Napolitano é presidente da Itália desde 2006 (foto: ANSA)

Roma -  Em uma nota divulgada neste domingo (9), o palácio do Quirinale, sede da Presidência da Itália, não quis confirmar e nem desmentir os rumores de que o chefe de Estado Giorgio Napolitano cogita renunciar ao cargo no final do ano.

    Segundo o comunicado, a decisão de permanecer ou não no posto cabe exclusivamente ao presidente. "Os jornais deram amplo espaço a hipóteses e previsões relativas à eventual demissão do presidente da República. Na realidade, os termos da questão são conhecidos há tempos. Napolitano, na sua reeleição, indicou os limites e as condições sob as quais aceitava o novo mandato", diz o texto.

    De acordo com a nota, o chefe de Estado dará "amplas motivações" às instituições, à opinião pública e aos cidadãos, não importa que posição tome no futuro. No último sábado (8), o jornal "La Repubblica" publicou um editorial afirmando que Napolitano, de 89 anos, deve abandonar o cargo no final de 2014.

    Segundo o diário, ele gostaria de ligar o seu segundo período na Presidência à aprovação de reformas institucionais e eleitorais pelo Parlamento, mas as dificuldades para votá-las e a fadiga imposta pela função, ainda mais na sua idade, o fizeram mudar de ideia.

    Napolitano foi eleito pela primeira vez em 2006, para um mandato que encerrou no início de 2013. Na ocasião, ele não pretendia tentar a reeleição, mas um amplo movimento no Congresso, incapaz de conseguir estabelecer um novo governo, pediu para o presidente continuar no cargo e ajudar a solucionar a crise política.

    De volta ao posto de chefe de Estado, ele foi essencial nas negociações entre o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, e o Forza Italia (FI), de centro-direita, para a formação de um gabinete chefiado por Enrico Letta, mais tarde substituído por Matteo Renzi. No entanto, ele sempre deu a entender que não ficaria muito tempo no cargo.

    Na Itália, o presidente tem um papel mais institucional e é escolhido pelo Parlamento, enquanto cabe ao primeiro-ministro lidar com o dia a dia do governo. (ANSA)

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