Roma - O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, declarou guerra aos traficantes de seres humanos quatro dias após um navio com 850 imigrantes naufragar no Mar Mediterrâneo, tornando-se a pior tragédia da história da região desde o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
"Não todos os passageiros dos navios de traficantes são famílias inocentes. O nosso esforço para combater o terrorismo no norte da África deve aumentar e superar esta ameaça, que cria um terreno fértil para o tráfico de seres humanos", disse Renzi.
"Os traficantes de seres humanos são os senhores de escravo do século 21 e devem ser levados à Justiça", criticou o premier. A Itália, que frequentemente serve de porta de entrada para imigrantes africanos, afirma que o fluxo migratório é causado pela crise política na Líbia, que gera milhares de refugiados. Devido à instabilidade local, traficantes se aproveitam para organizar cruzadas ao mar.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também afirmou hoje que o problema dos refugiados no Mar Mediterrâneo é "resultado de conflitos tribais e de diferenças religiosas na Líbia, que estão criando um caos".
Por sua vez, as Nações Unidas (ONU) divulgaram que, para reduzir o número de naufrágios no Mar Mediterrâneo, um milhão de refugiados sírios deveriam ser acolhidos por países ricos nos próximos cinco anos.
"A inatividade da Europa está criando um mercado para traficantes de seres humanos", afirmou o relator especial François Crepeau. "Poderíamos, coletivamente, acolher um milhão de sírios nos próximos anos. Para um país como o Reino Unido, isso significa 14 mil sírios ao ano. Para o Canadá, seria menos de nove mil", comparou. (ANSA)
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