Bruxelas - Chefes de Estado e de Governo da Europa vão se reunir nesta quinta-feira (23), em Bruxelas, para discutir o problema da imigração no continente. No último fim de semana, uma embarcação com 850 imigrantes naufragou no Canal da Sicília, na Itália, tornando-se a pior tragédia da região desde a Segunda Guerra Mundial.
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, comparecerá ao encontro. Ele tem feito apelos para que os vizinhos europeus adotem medidasconjuntas para ajudar o país a lidar com aquilo que definiu como "crise humanitária".
O sul da Itália, principalmente a ilha de Lampedusa, é uma das principais portas de entrada para a Europa e recebe diariamente dezenas de barcos com imigrantes.
De acordo com um rascunho do documento final deste encontro, a União Europeia irá adotar medidas para identificar, capturar e destruir os barcos clandestinos usados para as chamadas "travessias da morte" no Mediterrâneo antes que eles sejam usados por traficantes de seres humanos.
O documento também pede para a alta representante para Política Externa e Segurança da UE, Federica Mogherini, começar "imediatamente" a preparação de possíveis esquemas de defesa com a cobertura da Organização das Nações Unidas (ONU).
O objetivo dos líderes europeus é reforçar "rapidamente" a operação Triton, força-tarefa implantada no final do ano passado justamente para inibir a viagem de embarcações ilegais pelo Mediterrâneo. O rascunho prevê que os recursos destinados a essa iniciativa sejam dobrados em 2015 e 2016 para aumentar as suas possibilidades de busca e socorro na região.
Tragédias
Desde o último final de semana, três naufrágios de embarcações superlotadas que partiram da Líbia deixaram mais de mil desaparecidos no sul da Europa. Nesta quinta-feira (23), mais embarcações chegaram à Itália. No porto de Catania, foi registrada a entrada de 220 imigrantes. Eles foram socorridos a 40 milhas náuticas ao norte da Líbia.
(ANSA)
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