segunda-feira, 22 de junho de 2015

Compradores desistem e Parma será liquidado

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Parma -  O Parma será liquidado após os dois compradores interessados na aquisição do clube desistirem da negociação nesta segunda-feira (22). Por não ter propostas, o juiz Pietro Rogato irá debater com os credores e curadores a liquidação da sociedade.

O prazo para propostas vencia às 14h (hora local) de hoje, mas ninguém se interessou pela compra. Ontem (21) à noite, o grupo de investidores liderado pelo empresário Giusepp Corrado desistiu da negociação. Hoje pela manhã, o consórcio liderado pelo norte-americano Mike Piazza também anunciou que estava saindo da disputa.

"Compreendo e divido a tristeza dos torcedores do Parma por esta decisão. Junto com os co-investidores do projeto, nós não vimos como sustentáveis os investimentos necessários para cobrir os débitos atuais e os futuros de um time cujo ágio foi fortemente prejudicado", emitiu em nota Piazza.

Em março deste ano, a Justiça italiana decretou a falência do clubee abriu um processo para tentar salvar as finanças do time, nomeando um comitê de curadores para verificar e gerir a situação.

Com uma dívida superior a 218 milhões de euros - a maior parte referente aos salários e direitos de seus funcionários e jogadores - e com um patrimônio líquido negativo de 46,6 milhões de euros, o Parmaprecisou de ajuda da Liga Série A para terminar o Campeonato Italiano de 2014/2015.

Rebaixado, o clube poderia disputar a segunda divisão do futebol italiano da próxima temporada - caso conseguisse um novo administrador.

O ex-presidente e dono da equipe Giampietro Manenti é considerado um dos principais responsáveis pela derrocada financeira do time. Ele chegou a ser preso - com mais 21 pessoas - por um esquema de lavagem de dinheiro que tentou fornecer 4,5 milhões de euros para o Parma. Sua empresa, a Mapi Group, havia comprado o clube em fevereiro e tinha garantido ter recursos para resolver a crise financeira.

Em uma demonstração de afeto pelo time, os jogadores e o técnico - que ficaram oito meses sem receber seus salários - entraram em campo e contaram com o apoio da cidade para disputar as partidas. O próprio restaurante do técnico Roberto Donadoni foi um dos "patrocinadores" temporários da equipe.

Após a reunião desta tarde, o juiz Rogato anunciará o que vai acontecer na questão dos atletas e funcionários. (ANSA)

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