terça-feira, 11 de agosto de 2015

Curiosidades - História dos cemitérios no Brasil



O fim da vida, a decomposição da matéria, o encontro com Deus ou com o diabo, a incerteza da vida após a morte, além da constante angústia por não saber de que forma acontecerá a própria morte: facadas, tiros, doenças, acidentes, de repente, etc., o fato é que não temos como fugir, e não discuti-la nos proporciona um certo conforto e esperança. Apesar de ser conhecida por todos, a morte e seus rituais exigem a construção de novas reflexões, numa perspectiva mais econômica e menos religiosas, mais exploradora e menos sentimentalista, entrelaçando os valores, os preços, os modelos, os lugares e os rituais, que definem o novo perfil econômico-social estabelecido pelo ato de morrer.

Maria Inês Cortêz de Oliveira sustenta que os funerais representavam um ritual de nivelamento social. ''A morte era uma das poucas chances, e a última, de estabelecer simbolicamente a igualdade entre brancos e negros, escravos e senhores, ricos e pobres. Viver mal, mas morrer bem, seria o lema. O pobre que consumia economias ou entrava numa irmandade para ser enterrado com dignidade talvez desejasse se igualar aos poderosos pelo menos uma vez na vida. Mas os poderosos repetidamente faziam da hora da morte uma ocasião de reafirmar a distinção social em que viveram, contratando inclusive os pobres para esse fim''.


Nenhum comentário: