Berlusconi e Gheddafi
O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, foi recebido ontem pelo líder líbio, Muammar Kadafi, e assinou documentos relativos ao Tratado de Amizade, Associação e Cooperação entre os dois países. Mediante o acordo, que prevê cooperações no setor energético e no controle da imigração ilegal, a Itália irá financiar obras de infraestrutura na Líbia com investimentos de 4 bilhões de euros em 20 anos. O governo de Roma também criará um sistema de controle das fronteiras para impedir a imigração ilegal. Neste caso, metade do custo da operação caberá à Itália, e o restante do valor será pedido à União Europeia (UE). A maioria dos cidadãos que chegam à Itália de maneira clandestina é proveniente da Líbia. O tratado põe fim a 40 anos de incompreensões entre os dois países e representa um reconhecimento moral da Itália pelos danos causados à Líbia durante a ocupação colonial. Por meio dele, a Itália também destinará à Líbia US$ 5 bilhões em troca da colaboração do país no combate ao terrorismo, ao crime organizado, ao narcotráfico e à imigração ilegal. Berlusconi comemorou a participação da Líbia na próxima reunião do G8, que ocorre em julho na Itália, quando Kadafi assistirá às discussões como presidente da União Africana. "Estamos felizes com a sua próxima visita à Itália", disse o premier. Durante sua estadia na Líbia, Berlusconi visitará o Parlamento local, que ratificou ontem o acordo de amizade entre Roma e Trípoli. O Parlamento italiano já havia votado o documento em 3 de fevereiro.
Ansa
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