Roma - A Itália decidiu fechar sua Embaixada na Líbia após o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovar a zona de exclusão aérea no país por causa dos conflitos internos. A informação foi dada pelo chanceler italiano, Franco Frattini, que anunciou também que o país manterá à disposição suas bases militares para facilitar a aplicação do mecanismo aprovado ontem e para a adoção de medidas necessárias para "proteger a população". Ele atestou hoje, em depoimento à Comissão de Relações Exteriores do Senado e da Câmara, que o fechamento da sede diplomática em Trípoli é uma "medida coerente com a atuação da resolução da ONU". Frattini informou que a Itália já solicitou à Turquia, "segundo as convenções internacionais, que cuide dos interesses da Itália no território líbio" por meio de sua embaixada, pedido este que recebeu um aceno positivo de Ancara. A comissão parlamentar da Itália pode votar ainda hoje a posição do país sobre uma possível intervenção na Líbia. Hoje também se reuniu, em caráter de urgência, o Conselho de Ministros italiano, no qual o primeiro-ministro Silvio Berlusconi defendeu que a postura do governo deverá estar de acordo também com a do presidente da República, Giorgio Napolitano. Por sua vez, o presidente do Comitê Parlamentar para a Segurança da República (Copasir), Massimo D'Alema, do oposicionista Partido Democrático (PD), alertou que o oferecimento das bases navais da Itália para assegurar a zona de exclusão aérea na Líbia não deve servir para "conter a imigração", afirmando que "nosso dever neste momento é assistir e acolher os que fogem" do país. D'Alema defendeu ainda que o governo italiano deve pedir "que se ative um dispositivo de proteção da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], uma rede de segurança indispensável", uma vez que o país está localizado em "uma das áreas imediatamente expostas às ações de retaliação". A proposta recebeu apoio do ministro italiano das Relações Exteriores. O chanceler italiano também anunciou que o governo enviará um segundo navio com ajuda humanitária para Benghazi, uma das últimas cidades líbias controladas pelos rebeldes, que deve chegar ao seu destino provavelmente amanhã de manhã, no horário local. "Será um navio, mais uma vez, com uma quantidade de ajuda humanitária e de outras doações que foram pedidas pelo Conselho Nacional de Benghazi com o qual, obviamente, temos mantido estreitas relações", disse Frattini
Nenhum comentário:
Postar um comentário