Milão - A finlandesa Susanna Malkki foi convidada a dirigir uma ópera contemporânea no Teatro alla Scala de Milão, que, pela primeira vez em sua história, terá uma mulher à frente da batuta.
"Trata-se de uma grande conquista. Isso nunca aconteceu antes. Cai outro reduto masculino, que até ontem parecia intransponível", destacou uma das poucas diretoras de orquestra da Itália, Nicoletta Conti, de Bolonha.
Malkki, finlandesa de 42 anos, se disse "orgulhosa e honrada" de entrar em um espaço até agora predominantemente masculino e considerou "altamente simbólica" sua estréia no La Scala.
A este respeito, Conti disse à ANSA que, embora as mulheres tenham pisado só recentemente no palco como diretoras (citando Carmen Maria Carneci e Claire Gibault), "nunca foi, como no caso de Malkki, para dirigir uma ópera. Todavia, se contam nos dedos de uma mão o número de mulheres chamadas para ficar à frente de orquestra. Ainda há muito preconceito".
A diretora considerou que isso ocorre na Itália, mas também na Espanha, França, Portugal, Bélgica e em países sul-americanos. "A Alemanha, pátria da música, tampouco é a exceção", disse ela.
Conti viveu na própia pele muitas histórias de discriminação vinculadas à sua profissão. Para conseguir ter em suas mãos uma batuta, ela teve que viajar para o Japão, onde assumiu o comando da Filarmônica de Tóquio, na capital japonesa.
É uma história feita de discriminações, mas também de sucessos. Por exemplo, o grande pianista, compositor e maestro da orquestra norte-americana Leonard Bernstein, a convidou para estar ao seu lado em Roma, em 1989, para dirigir a Orquestra de Santa Cecília. E acaba de retornar de Pittsburgh, onde superou um teste difícil: um concurso para diretora de orquestra.
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