Dos navegadores do Renascimento aos viajantes dos séculos XIX e XX, os italianos estabeleceram rotas e destinos que envolveram o continente americano e o Brasil. E ainda mais, estão na origem latina de parte da identidade aqui construída, seja no direito, no pensamento político, na tradição religiosa ou na língua.
No ano em que se homenageia a Itália, lembrando sua unificação em 1861, o Arquivo Nacional selecionou em seu acervo temas que conduzem o visitante por uma longa e expressiva relação entre as duas culturas. A aliança com a fé católica de Roma que marcou as sociedades ibero-americanas evidencia-se no conjunto de quatro Livros de Horas do final do século XV, com iluminuras, capitais ornamentadas e outros elementos característicos desse gênero voltado para a devoção dos leigos, além de bíblias dos séculos XVI ao XVIII. Tratados históricos ou filosóficos publicados na época moderna, livros de viagens que trazem o Coliseu ou Pompeia iniciam esse percurso, chegando ao Império brasileiro.
Em um dos mais impressionantes movimentos demográficos contemporâneos, entre 1887 e 1930, cerca de 3,8 milhões de estrangeiros entraram no país, período em que os italianos respondem por 35,5% do total ou cerca de 1,3 milhões. Seus nomes, famílias, idades, profissões e mesmo expectativas estão inscritos em listas de vapores, registros da hospedaria de imigrantes, passaportes, processos de naturalização, pedidos de permanência, processos de expulsão, anúncios comerciais, inventos. E se a emigração não cumpriu o que prometia, para muitos foi o lugar da atuação política: as tendências das primeiras décadas do século XX encontram sobretudo nas cidades aqueles que engrossaram as fileiras do anarco-sindicalismo, do comunismo e, em sentido inverso, do fascismo em ascensão.
Nos anos 1940 a Segunda Guerra Mundial leva os brasileiros a se reunirem ao 5º Exército norte-americano na Itália, em batalhas que marcaram a nossa história recente. Enquanto seguem os confrontos, aqui a colônia italiana amargava as restrições do governo aos “súditos do Eixo”. Imagens do Arquivo de Estado de Roma trazem de modo inédito o front fascista que se confrontam com as cenas que os correspondentes da Agência Nacional e do Correio da Manhã enviam das trincheiras aliadas. Fotografias geradas pelo exército americano trazem a cores os aviadores brasileiros em ação ou em visita a torre de Pisa, close para “Senta a Pua”. Um documentário sobre a atuação dos pracinhas na Itália complementa o módulo. Da música italiana em toda sua diversidade mostramos a longa trajetória da ópera, em retratos de cantores do século XIX e em um painel dedicado ao maestro Henrique Oswald de origem italiana e que por mais de três décadas compôs e regeu em Florença e Gênova. Uma sala da exposição é inteiramente dedicada à vitalidade do cinema italiano que entre o pós-guerra e os anos 1970 ganha as ruas e conquista plateias, em filmes de Fellini, Visconti, Bertolucci e tantos outros.
A exposição, organizada em quatro módulos, apresenta reproduções e originais do acervo do Arquivo Nacional, destacando-se livros raros dos séculos XV e documentos pessoais e de registro de imigrantes. Projeções, filmes, gravações e recursos interativos em multimídia complementam o circuito oferecido ao público.
No ano em que se homenageia a Itália, lembrando sua unificação em 1861, o Arquivo Nacional selecionou em seu acervo temas que conduzem o visitante por uma longa e expressiva relação entre as duas culturas. A aliança com a fé católica de Roma que marcou as sociedades ibero-americanas evidencia-se no conjunto de quatro Livros de Horas do final do século XV, com iluminuras, capitais ornamentadas e outros elementos característicos desse gênero voltado para a devoção dos leigos, além de bíblias dos séculos XVI ao XVIII. Tratados históricos ou filosóficos publicados na época moderna, livros de viagens que trazem o Coliseu ou Pompeia iniciam esse percurso, chegando ao Império brasileiro.
Em um dos mais impressionantes movimentos demográficos contemporâneos, entre 1887 e 1930, cerca de 3,8 milhões de estrangeiros entraram no país, período em que os italianos respondem por 35,5% do total ou cerca de 1,3 milhões. Seus nomes, famílias, idades, profissões e mesmo expectativas estão inscritos em listas de vapores, registros da hospedaria de imigrantes, passaportes, processos de naturalização, pedidos de permanência, processos de expulsão, anúncios comerciais, inventos. E se a emigração não cumpriu o que prometia, para muitos foi o lugar da atuação política: as tendências das primeiras décadas do século XX encontram sobretudo nas cidades aqueles que engrossaram as fileiras do anarco-sindicalismo, do comunismo e, em sentido inverso, do fascismo em ascensão.
Nos anos 1940 a Segunda Guerra Mundial leva os brasileiros a se reunirem ao 5º Exército norte-americano na Itália, em batalhas que marcaram a nossa história recente. Enquanto seguem os confrontos, aqui a colônia italiana amargava as restrições do governo aos “súditos do Eixo”. Imagens do Arquivo de Estado de Roma trazem de modo inédito o front fascista que se confrontam com as cenas que os correspondentes da Agência Nacional e do Correio da Manhã enviam das trincheiras aliadas. Fotografias geradas pelo exército americano trazem a cores os aviadores brasileiros em ação ou em visita a torre de Pisa, close para “Senta a Pua”. Um documentário sobre a atuação dos pracinhas na Itália complementa o módulo. Da música italiana em toda sua diversidade mostramos a longa trajetória da ópera, em retratos de cantores do século XIX e em um painel dedicado ao maestro Henrique Oswald de origem italiana e que por mais de três décadas compôs e regeu em Florença e Gênova. Uma sala da exposição é inteiramente dedicada à vitalidade do cinema italiano que entre o pós-guerra e os anos 1970 ganha as ruas e conquista plateias, em filmes de Fellini, Visconti, Bertolucci e tantos outros.
A exposição, organizada em quatro módulos, apresenta reproduções e originais do acervo do Arquivo Nacional, destacando-se livros raros dos séculos XV e documentos pessoais e de registro de imigrantes. Projeções, filmes, gravações e recursos interativos em multimídia complementam o circuito oferecido ao público.
Informações
Data: sexta-feira, 4 de novembro de 2011 - sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Horários: de Segunda a Sexta, das 09h00 às 18h00
Local: Arquivo Nacional - Praça da República, 173 - Centro
Organizado por: Arquivo Nacional e Ministerio da Justiça
Em colaboração com: IIC do Rio de Janeiro e Archivio Centrale dello Stato di RomaGratuito
http://www.iicrio.esteri.it
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