Descendentes de italianos vão contar a história do vinho no carnaval de Porto Alegre (RS)

Na Serra Gaúcha é tempo de festa, tempo de colheita. Gaúcho também gosta de carnaval, mas o samba é um pouco diferente.

É tempo de colheita da uva na Serra Gaúcha. Época de muito trabalho no parreiral. Todo mês de fevereiro é assim. Mas este tem algo a mais.

Depois do longo dia na roça, é hora de ir para o salão da paróquia para sambar. O grupo vai estrear este ano no carnaval de Porto Alegre. Os descendentes de italianos vão ajudar a contar a história do vinho na avenida.

Por enquanto é assim mesmo, com apenas parte do figurino que vai ser usado no dia do desfile. São trajes típicos e outros um pouco mais simples que lembram os primeiros imigrantes que chegaram no Brasil.“ É um pouquinho complicado. A gente não nasceu com essa ginga, mas a gente pode chegar lá”, diz um homem.

A ideia é unir a tarantela - dança típica da Itália - ao samba. Um desafio para a coreógrafa da turma. “O mais difícil foi entender que tinha que dançar samba, porque italiano não samba”, conta a professora de dança Eliane Lazzaroto.

Quem sabe o gingado não esteja escondido na tradição de produzir vinhos. Nos antigos passos dentro das tinas repletas de uvas. “Italiano tem outro modo de dançar, mas a gente pega um sambinha rápido”, afirma a estudante Larissa Detoni, 12 anos.
 
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