quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Os motivos do naufrágio do Costa Concordia

Roma - A falta de comunicação entre o comandante Francesco Schettino e o chefe das máquinas, foi a principal causa do naufrágio do cruzeiro Costa Concordia em 13 de janeiro passado, no litoral da ilha do Giglio.

      A revelação foi feita ontem (12) pelos peritos do juiz italiano que investiga a tragédia que matou 32 pessoas, das quatro mil que estavam a bordo.

      "Nas conversas da caixa preta do navio há algumas disposições genéricas" sobre o abandono do barco, destacaram os peritos, precisando que o "comandante Schettino deu algumas ordens enquanto outros oficiais tomavam outras iniciativas. Não houve coordenação nas instruções".

      A imprensa italiana fala da "confusão mental" do comandante após o choque e de sua estratégia (incompreensível) de mentiras sobre o ocorrido. 

      As disposições para abandonar o navio foram dadas, por exemplo, com um atraso de 50 minutos. "Três minutos após o impacto o comandante foi informado pelo chefe de máquinas sobre a entrada de um grande volume de água, que impedia o acesso ao setor", lê-se no documento pericial.

      Às 21h51'53" Schettino comentou: "Então estamos afundando? Não entendo!". Os peritos explicam que o "comandante minimiza a situação" quando, um minuto antes, o chefe das máquinas lhe dizia que a água invadira o setor elétrico principal.

      Após o naufrágio do Costa Concordia, Schettino foi preso, posteriormente passou à prisão domiciliar e agora está em liberdade, mas com a proibição de sair da região de Meta di Sorrento, perto de Nápoles, onde mora. 

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imagem arquivo virtual Google

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