Estudo sobre as condições das pessoas que vivem em pobreza extrema
foi realizado pelo Istat em parceria com a Caritas, a Fiopsd e o
Ministério do Trabalho e das Políticas Sociais
São 47.648 as pessoas sem residência fixa na Itália. O dado emerge de
uma pesquisa, sobre as condições dos indivíduos que vivem em pobreza
extrema, conduzida pelo Istat em parceria com a Caritas Italiana, a
Fiopsd – Federação Italiana dos Organismos para as Pessoas Sem
Residência Fixa - e o Ministério do Trabalho e das Políticas Sociais. O
relatório, apresentado na terça-feira (9) em Roma, contém os dados
colhidos, entre os meses de novembro e dezembro de 2011, de pessoas que
utilizaram pelo menos um dos 3.125 serviços de refeitório para pobres ou
de abrigo noturno oferecidos por 727 associações em 158 municípios
italianos.
Como se trata de uma estimativa por amostragem, de acordo com o Istat, o
número calculado pode variar, com uma probabilidade de 95%, entre
43.425 e 51.872 pessoas. Os indivíduos sem residência fixa estimados
correspondem a cerca de 0,2% da população regularmente inscrita junto
aos municípios abrangidos pela pesquisa, que considera também as pessoas
que não são inscritas em cartórios ou que residam em municípios
diferentes daqueles onde se enquadram como pessoas sem residência fixa.
O estudo revela ainda que 59,4% das pessoas sem residência fixa é
representado pelos estrangeiros, sendo que as nacionalidades mais
difusas são a romena (11,5%), a marroquina (9,1%) e a tunisiana
(5,7%). Em média, os estrangeiros são mais jovens que os italianos:
46,5% tem menos de 35 anos, enquanto 10,9% dos italianos tem mais de 64
anos (em torno de 2.000 pessoas). A idade mais avançada dos italianos
implica em uma maior duração da condição de sem residência fixa: cerca
da metade dos estrangeiros (49,7%) é sem residência há menos de seis
meses contra um terço (32%) dos italianos. Somente 9,3% enquadra-se na
condição há pelo menos quatro anos contra um quarto dos italianos (24%).
Além de serem mais jovens, os estrangeiros sem residência fixa
apresentam outras características como o fato de terem títulos de
estudos mais elevados: 43,1% tem um diploma de escola média superior
(9,3% tem um diploma de bacharel) contra 23,1% dos italianos. Porém,
6,1% dos estrangeiros sem residência fixa declara não saber ler nem
escrever. A pesquisa evidencia também que somente 20% dos estrangeiros
sem residência fixa mantinha a mesma condição antes de chegar à Itália;
41,4% declarou ter tido a habitação em um país do exterior e o restante
38,6% na Itália. Entre os últimos, cerca da metade disse ter uma moradia
em um município diferente daquele em que vive a condição de sem
residência fixa.
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