Os
cientistas italianos condenados pela tragédia de L'Aquila, no centro da
Itália, apresentaram sua renúncia em massa, atitude esta que pode
deixar sem especialistas a agência oficial responsável pela prevenção de
desastres.
A primeira consequência da sentença judicial foi a renúncia dos membros da Comissão Grandes Riscos e a "paralisação das atividades de previsão e prevenção", alertou o Departamento da Defesa Civil da Itália.
A sentença do juiz Marco Billi, que condenou sete membros da citada comissão a seis anos de prisão, acabou se transformando em outro episódio de forte magnitude.
"Não vejo condições para trabalhar com calma", disse o físico Luciano Maiani, que integra a Comissão de Grandes Riscos. Outro que se demitiu foi Mauro Dolce, diretor da agência de Risco Sísmico do Departamento da Defesa Civil. O exemplo também foi seguido pelo atual presidente da comissão, Giuseppe Zamberletti e seu vice Mauro Rosi.
A sentença do juiz surpreendeu na segunda-feira (22) os italianos, que condenou a seis anos de prisão sete cientistas, acusados de terem fornecido informações "imprecisas e incompletas" dias antes do terremoto que em 2009 atingiu L'Aquila.
Os réus são os especialistas que, cinco dias antes do terremoto, participaram de uma reunião da Comissão de Grandes Riscos, com o objetivo de avaliar as medidas que poderiam ser implementadas frente aos vários tremores (de menor magnitude) que vinham se repetindo na região há algum tempo.
Porta-vozes desse organismo alertaram hoje (24) sobre o risco da "paralisação da atividade de previsão e prevenção" provocadas pelas renúncias porque "é fácil imaginar o impacto desta medida sobre todos aqueles que, no futuro, serão convidados a assumirem a responsabilidade nestes setores considerados os pilares de uma proteção civil moderna".
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