Roma (Reuters) - O
governo italiano aprovou nesta quarta-feira a redução do número de
províncias do país à quase metade, dentro de uma campanha para diminuir
os onerosos custos das administrações regionais.
O decreto, que reduzirá o número de províncias para 51, das
atuais 86, faz parte de um esforço mais amplo para combater o enorme
gasto dos governos locais e regionais do país, fonte de desperdícios e
ineficiência.
O primeiro-ministro, Mario Monti, conduziu uma ampla revisão do
gasto público para tentar eliminar os gastos desnecessários e ajudar a
controlar a enorme dívida pública italiana, que equivale a 126 por cento
do Produto Interno Bruto (PIB).
O governo não deu uma estimativa sobre o valor a ser economizado
com a reforma, mas afirmou que terá uma ideia mais clara quando a
reorganização local e regional for concluída.
O decreto, aprovado nesta quarta-feira em reunião de gabinete,
afeta grandes cidades como Milão, que incorporará a província de Monza,
mas não inclui regiões semiautônomas como a Sicília.
As províncias, responsáveis por tarefas como registros de
automóveis e algumas escolas, fazem parte do complexo sistema de
administrações locais, governos regionais, municipais e provinciais.
Segundo o decreto, os governos provinciais serão abolidos a
partir de 2013. O texto também contém medidas para impedir que as
autoridades locais tenham várias responsabilidades de uma só vez.
O gabinete também aprovou um pacote de medidas que pretende
recortar 40 milhões de euros anuais do custo de governos regionais,
reduzindo ineficiência e desperdício de dinheiro.
(Reportagem de James Mackenzie)
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