sexta-feira, 2 de maio de 2014

Justiça italiana julgará em 5 de junho extradição de Pizzolato, diz PGR

Governo quer extradição de ex-diretor do BB, condenado no mensalão.
Pizzolato poderá recorrer de eventual decisão que for tomada pela Corte.

Filipe Matoso Do G1, em Brasília

Pizzolato em foto feito pela polícia italiana após sua prisão nesta quarta (Foto: Divulgação/Polícia de Modena) 
Pizzolato em foto da polícia italiana após sua
prisão (Foto: Divulgação/Polícia de Modena)
 
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta sexta-feira (2) que a Corte de Apelação de Bologna (Itália) marcou para 5 de junho o julgamento sobre a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão do PT.

No ano passado, depois de ser condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Pizzolato fugiu para Itália e foi preso no dia 5 de fevereiro por uso de documento falso.

A PGR informou que o procurador-geral, Rodrigo Janot, determinou a ida de dois procuradores regionais à Itália para acompanhar a sessão do tribunal.  Segundo o órgão, eles deverão se reunir com autoridades locais e com os advogados contratados pelo Brasil para acompanhar o processo.

Pizzolato poderá recorrer da decisão que for tomada pelo tribunal e, no julgamento, a Corte de Bologna pode optar por pedir mais informações sobre o caso do ex-diretor do Banco do Brasil antes de tomar uma decisão.

Nesta quarta (30), Rodrigo Janot informou que o Ministério Público brasileiro se unirá ao advogado italiano que o governo do Brasil vai contratar para defender o retorno de Pizzolato.

Desde que Pizzolato foi preso pela polícia italiana, o Brasil pediu ao governo italiano a extradição para que o ex-diretor do BB cumpra pena no país pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

O Ministério Público da Itália já se manifestou a favor da extradição, mas a decisão final será do Tribunal de Bologna, responsável pela análise do pedido de extradição.

O caso de Pizzolato é polêmico porque ele tem dupla cidadania (brasileira e italiana) e, por isso, o governo italiano pode se recusar a extraditá-lo.

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