quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Máfia romana tinha esquema com imigração, diz Justiça

Ex-prefeito de Roma, Gianni Alemanno, pediu sua própria suspensão do Partido Fratelli di Italia (foto: ANSA)

Roma -  Interceptações telefônicas feitas pela procuradoria de Roma, que investiga a rede mafiosa criada dentro do governo da cidade, apontam para a criação de um esquema de corrupção na área de imigração da capital italiana. Os responsáveis pelo negócio seriam Massimo Carminati e Salvatore Buzzi, dois dos 37 presos pelas autoridades entre ontem e esta quarta-feira (3).

    Segundo o inquérito de 1.200 páginas, o grupo criminoso atuava dentro de associações e cooperativas que trabalhavam com assistência de refugiado, entre outras. O grupo teria movimentado somente neste ano cerca de 40 milhões de euros (R$ 127 milhões).


    A Procuradoria também citou Luca Odevaine, ex-vice-chefe de gabinete de Walter Veltroni, que foi prefeito de Roma em duas oportunidades (entre 2001 e 2008). Segundo a Justiça, Odevaine garantia as negociações ilegais nos centros de assistência de imigrantes.


    Alemanno anuncia suspensão - Envolvido em investigação da Justiça italiana por associação mafiosa, o ex-prefeito de Roma, Gianni Alemanno (2008-2013), anunciou nesta quarta-feira, sua própria suspensão de todos os órgãos do seu partido, o Fratelli di Italia (Fdi).


    Segundo a Procuradoria de Roma, uma rede de corrupção foi criada para conseguir contratos, extorquir funcionários e fazer lavagem de dinheiro. Todos os investigados estão sendo acusados por associação mafiosa, extorsão, corrupção, fraude em licitações públicas, faturamentos falsos, transferência fraudulenta de valores e lavagem de dinheiro. (ANSA)


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