Um tribunal de Palermo, no sul da Itália, manteve hoje presos os dez homens acusados da morte de 52 migrantes por asfixia num porão de um barco, onde os corpos foram encontrados na quarta-feira.
Os dez traficantes de pessoas - sete marroquinos, dois sírios e um líbio - são acusados de homicídio voluntário múltiplo e de encorajamento à migração ilegal, segundo explicaram fontes judiciais.
O juiz Giangaspare Camerini passou o dossiê de um dos acusados a um tribunal de menores, pois, apesar da sua idade, é acusado de ser o comandante do barco durante a travessia do Mediterrâneo.
Sobreviventes paquistaneses disseram que foram ameaçados com facas e que lhes batiam quando tentavam sair do porão no barco, onde estavam 200 pessoas sem ar fresco e com o calor abrasador.
A falta de ar e os gases provenientes do motor acabaram por matar 52 das 200 pessoas que viajavam no porão do barco.
Na embarcação, que tinha vinte metros de cumprimento, seguiam cerca de 500 pessoas.
Desde o início deste ano, mais de 300.000 migrantes atravessaram o Mediterrâneo e mais de 2.500 pessoas morreram no mar após terem tentado chegar à Europa, segundo a Organização Internacional para os Migrantes (OIM).
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