quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Genealogia (I)



Algumas informações básicas

por Leila Ossola

Como definimos genealogia

Genealogia ou história familiar como o próprio nome diz, é a busca de informações e subseqüente montagem da árvore genealógica de uma família, com nomes, datas e lugares de nascimento, batismo, casamento e morte assim como informações dos mais remotos avós, mantendo-os vivos na memória de seus descendentes.

Como fazemos isso

Fazemos isso, através de demoradas pesquisas em cartórios e arquivos públicos, na maioria das vezes, em meio a poeira secular, leitura de microfilmes etc. Podemos demorar uma vida toda para se montar uma genealogia completa com os parentes colaterais, primos em vários graus e em diversos lugares. Outras pessoas, já conseguem mais facilmente se tiverem algum ancestral ainda vivo que lhes possa contar a história de seus familiares remotos ou possuir documentações específicas.

Em minhas pesquisas, falando apenas da parte italiana, tenho passado muitos anos buscando informações, dicas, pistas e mesmo me apegando ao que chamo de “lendas da família”. Algumas destas “lendas” se confirmaram depois que encontrei provas documentais (registros de batismos de filhos por onde andaram, já que na época o registro de nascimento não era obrigatório).

Mas muita coisa é complicada pois quando resgatamos a história familiar, não nos preocupamos apenas com documentos que possam nos dar direito à cidadania, vamos em busca de mais, de história, desde a entrada de nossos ancestrais no país e na maioria das vezes em navios trazendo imigrantes onde nem sempre é informada a cidade de origem, passamos por cartas para paróquias, comunes, arquivos de estado italianos etc., e nem sempre as respostas são afirmativas aos nossos questionamentos, porém, a dica é não desistir nunca, não ter pressa, anotar conversas com mais antigos na família, pesquisar, pesquisar e sempre pesquisar!

Continuando a pesquisar

No desenvolver da nossa pesquisa, em algumas vezes podemos encontrar como nossos antepassados, pessoas ilustres de linhagem nobre, brasonados, assim como também poderemos nos deparar com índios, escravos, padres, lavradores muito ricos ou pobres agregados, filhos ilegítimos etc. Cada ancestral que localizamos sempre nos traz uma grande surpresa.

Também muito importante quando fazemos a pesquisa é não deixarmos de estudar os lugares onde viveram nossos antepassados, pois isso fez parte de suas vidas e conseqüentemente faz da nossa.

Esta busca continua, atravessando oceanos, indo quase sempre ao continente europeu, onde podemos chegar, documentalmente, até meados do século XVI, se descobrirmos de onde eram nossos antepassados. Aprendemos a identificar as razões que os obrigaram a sair de suas terras natais, em busca de melhores condições de vida para si e seus descendentes e, como se fosse mágico, passamos a conhecer suas cidades de origem como se tivéssemos nascido e vivido nela.

E lembre-se:

Você tem 2 pais, 4 avós, 8 bisavós numa contagem de ancestrais quase sem fim. Comece anotando numa folha de papel seu nome, lembrando sempre que no caso de mulher o nome deve ser sempre o de solteira.

Anote os nomes de seus pais, dos pais de seus pais (seus avós), dos pais dos pais de seus pais (seus bisavós) e continue anotando até onde souber ou conseguir descobrir. Conseguiu ir até que avô? Ao 10º? Parabéns, é uma grande vitória... Apenas até o bisavô? Não desista, continue que encontrará mais informações, dê tempo ao tempo em sua pesquisa e não se decepcionará.


Nota: este artigo possui continuação.
(C) Leila Ossola – todos os direitos reservados
Figura albero genealogico by: Istituto Ponte Valtellina (IT)

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