O ex-militar uruguaio Néstor Jorge Fernando Troccoli, preso em 24 de dezembro passado na Itália no âmbito da investigação sobre as atividades repressivas e de colaboração entre as ditaduras nos anos 70 e 80 na América do Sul do chamado "Plano Condor", solicitou a revogação da ordem de prisão preventiva. Nos próximos dias será marcada a audiência para examinar o pedido de liberdade.
Troccoli é o único dos 140 destinatários das ordens de prisão ditadas pela juíza de investigações preliminares, Luisanna Figliola, a pedido do procurador adjunto Giancarlo Capaldo que foi preso. Todos os outros, entre ex-ditadores, responsáveis por juntas militares e serviços de segurança de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Peru e Chile, estão na América do Sul. Entre estes estão o ex-ditador uruguaio Jorge María Bordaberry, de 78 anos, ex-chefe da junta militar do seu país, e o ex-presidente peruano Francisco Morales. Troccoli, de 60 anos, ex-agente dos Serviços de Inteligência da Marinha uruguaia, foi preso em Salerno, no sul da Itália, depois de se apresentar espontaneamente à polícia desta cidade quando soube que estava sendo procurado pela justiça. O ex-militar, acusado da morte de quatro italianos, foi transferido no dia de Natal para o presídio Regina Coeli, em Roma, e interrogado em 27 de dezembro. Durante o interrogatório, Troccoli se defendeu afirmando que não matou ninguém e explicou que sua tarefa limitava-se a interrogar os opositores do regime que eram alvo de processos judiciais. "Não existe nenhuma prova contra meu cliente", disse o advogado do ex-militar, Adolfo Scarano, segundo o qual "não é possível que um oficial, que naquela época tinha 29 anos, seja colocado no mesmo nível que ditadores e responsáveis pelas Forças Armadas". Atualmente está em curso o procedimento de notificação aos destinatários das ordens de prisão preventiva.
Da Ansa
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