terça-feira, 8 de julho de 2008

'Mal entendido' por causa dos ciganos foi resolvido, diz ministro


CANNES e ROMA, 7 JUL - O ministro italiano do Interior, Roberto Maroni, disse hoje que a Itália esclareceu o "mal entendido" com a União Européia (UE) em relação ao censo de ciganos, os quais seriam obrigados a ceder suas impressões digitais para governo de Silvio Berlusconi.
A decisão que provocou polêmica foi atribuída por Maroni a "interpretações erradas da imprensa", segundo declarou após sua reunião com o Comissário da UE, Jacques Barrot, em Cannes, na França.
A UE criticou duramente e definiu como "discriminatórias" as medidas tomadas pelo governo italiano em relação ao censo de ciganos, que os obrigaria ao registro de suas impressões digitais, incluindo menores de idade.
"Foi um diálogo muito útil para aprofundar o conteúdo e o objetivo das medidas", sustentou Maroni, que anunciou para o fim do mês o envio de uma nota à UE sobre "a atuação das diretivas tomadas pelo Executivo italiano".
Semana passada, todavia, o ministro informou que no dia 15 de outubro estariam completos os censos dos acampamentos ciganos de Milão, Roma e Nápoles, a fim de repatriar os ciganos que estivessem sem documentação.
Maroni convidou a Comissão Européia (Executivo da UE) para viajar à Itália e verificar as condições em que estão os acampamentos, além de propor medidas ao governo italiano para resolver a situação.
A organização italiana de promoção social lançou uma iniciativa para o registro voluntário de impressões digitais, a qual será enviada ao ministro do Interior.
Um pequeno grupo de ciganos abandonou a região de Ponticelli, em Nápoles, depois que um acampamento vizinho foi incendiado. Na região, existiam seis pequenos agrupamentos ciganos, quatro dos quais foram incendiados durante os protestos dos dias 13 e 14 de maio.

ANSA

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