quinta-feira, 10 de julho de 2008

Tribunal italiano decide a favor da eutanásia

MILÃO, 10 JUL - A advogada italiana Franca Alessio, que cuida do caso de Eluana Englaro (foto), de 37 anos, que está em coma desde 1992, declarou que não é preciso esperar para interromper a alimentação de sua cliente, pois a decisão judicial a favor da medida é "imediatamente executável".
O Vaticano reagiu com indignação à decisão do Tribunal de apelação de Milão, que autorizou suspender a alimentação de Eluana, considerando que tal medida é de fato "uma ação de eutanásia" e que a Itália não possui legislação a respeito do tema.
"Considero que não existe espaço para um recurso, porque o decreto que autoriza a suspensão do tratamento que mantém Eluana viva está bem embasado, é preciso e indiscutível", disse a advogada.
Até a última quarta-feira Franca estava convencida de que poderia tirar Eluana da clínica em que se encontra em Lecco, no norte da Itália, e levá-la para um hospital na mesma cidade, onde deveria ter sua alimentação interrompida. Mas hoje a advogada foi informada de que o hospital não está disposto a receber a paciente.
"O professor Riccardo Massei declarou-se disponível para dar assistência a Eluana. Agora se trata de encontrar uma estrutura adequada na Itália ou no exterior", disse hoje a advogada.
Franca afirmou que nos próximos dias deverá ser tomada uma decisão sobre a suspensão da alimentação de Eluana, "sem pressa, mas também sem demora, porque não tem sentido e perderemos ainda mais tempo".

ANSA
Foto: La Stampa

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