quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Berlusconi garante proteção às cadernetas de poupança

ROMA - O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, tranqüilizou a população de seu país nesta quarta-feira ao garantir que os depósitos feitos em caderneta de poupança serão protegidos pelo Estado.
O ministério da Economia e o Banco Central se declararam prontos para intervir quando for necessário.
"Não permitirei ataques especulativos contra nossos bancos nem aceitarei que os cidadãos italianos percam um só euro de suas contas", disse Berlusconi.
As palavras do premier procuraram dar uma resposta à tormenta na Bolsa de Milão gerada pelos rumores sobre o Unicredit (principal banco do país), que poderia ter uma parte adquirida pelo banco espanhol Santander.
Berlusconi destacou que "nossas empresas são saudáveis e, quem tem ações na Bolsa, deve aguardar até que o mercado as reavalie".
"Somos um povo de poupadores e nossos bancos têm administrado os empréstimos com prudência, concedendo-os a pessoas capazes de reembolsá-los", alfinetou o premier.
Por sua vez, o ministério da Economia comunicou que "as tensões registradas no mercado italiano nasceram da crise imobiliária nos Estados Unidos".
"Essas tensões, porém, não se justificam, se se levar em conta a solidez patrimonial e a situação satisfatória da liquidez de todos os principais bancos (italianos), como mostram os índices de solvência elaborados pelo mercado", apontou o ministério.
Em outras palavras, o governo quis destacar que não há riscos reais para os bancos nem para os poupadores italianos.
O comunicado conclui assegurando que, "para proteger o mercado italiano de ataques de natureza especulativa, o Ministério de Economia e Finanças se empenha, de comum acordo com o Banco Central, em adotar medidas para garantir a estabilidade do sistema bancário".
Depois dessa mensagem ao povo, Berlusconi deve agora preparar suas malas para Paris, onde no próximo sábado se reunirá com os chefes de Estado de França, Alemanha e Grã-Bretanha para definir uma reação coordenada frente à crise que abalou o sistema financeiro global. (ANSA)

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