WASHINGTON - Enquanto o governo italiano luta sem sucesso contra o crime organizado no sul do país, as "mulheres fortes" da cidade de San Luca, "muitas delas mães, esposas ou irmãs de mafiosos", estão se rebelando contra o poder da 'Ndrangheta, a máfia calabresa, publicou em uma reportagem especial o jornal norte-americano Los Angeles Times.Na matéria de uma página intitulada "Por trás de uma forte cidade mafiosa da Itália existem mulheres fortes", o jornal traz, entre outras coisas, as opiniões e a experiência de Saveria Giorgia, da filha Teresa Giampaolo, e de outras mulheres de San Luca que aderiram ao Movimento das Mulheres e que "estão se rebelando contra a cultura mafiosa dominante", escreveu a correspondente Tracy Wilkinson.
"Mas nós gostaríamos de ver aqui a presença do Estado, e não apenas a do exército", disse Teresa à repórter norte-americana.
O jornal lembra que San Luca conquistou uma visibilidade internacional no ano passado, após seis italianos terem sido assassinados em uma pizzaria na cidade alemã de Duisburg em uma vingança da máfia que tinha suas raízes em San Luca.
Após o massacre, Teresa Strangio, mãe e irmã de duas das vítimas, no funeral de seu filho, de 16 anos, ao invés de pedir vingança pediu para perdoar.
Desde então algo mudou na cidade. Muitas mulheres, obrigadas ao silêncio, se juntaram a Teresa na luta contra a presença da máfia e imagem ruim da cidade.
"Mas é muito dificil se levarmos em conta que há apenas 10 anos em San Lua era comumente aceito que uma garota fosse impedida de se inscrever na universidade", disse Tracy.
Em San Luca o papel das mulheres "era e ainda é aquele de permanecer em casa e ficar quieta", continuou Tracy. No entanto elas, inclusive as menos jovens, estão começando a dizer basta.
ANSA
Foto: Los Angeles Times
Após o massacre, Teresa Strangio, mãe e irmã de duas das vítimas, no funeral de seu filho, de 16 anos, ao invés de pedir vingança pediu para perdoar.
Desde então algo mudou na cidade. Muitas mulheres, obrigadas ao silêncio, se juntaram a Teresa na luta contra a presença da máfia e imagem ruim da cidade.
"Mas é muito dificil se levarmos em conta que há apenas 10 anos em San Lua era comumente aceito que uma garota fosse impedida de se inscrever na universidade", disse Tracy.
Em San Luca o papel das mulheres "era e ainda é aquele de permanecer em casa e ficar quieta", continuou Tracy. No entanto elas, inclusive as menos jovens, estão começando a dizer basta.
ANSA
Foto: Los Angeles Times
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