As contínuas assembléias dos trabalhadores da companhia aérea Alitalia em Fiumicino provocaram o cancelamento de dezenas de vôos que chegavam e saíam do aeroporto romano ontem.A situação poderia piorar se for confirmada a greve de 24 horas que os cerca de 4.000 funcionários reunidos no chamado "Comitê de greve e da luta dos trabalhadores" da Alitalia anunciaram para a tarde de hoje, apesar da oposição dos representantes sindicais. Às 15h (de Brasília), segundo dados fornecidos pela imprensa local, pelo menos 44 vôos nacionais e internacionais com saída ou destino a Roma tinham sido cancelados, assim como outras dezenas de aviões sofriam atrasos de até cinco horas. Desde o começo da manhã, os trabalhadores da Alitalia se reúnem para analisar a possibilidade de iniciar uma greve indefinida por causa da divergência com a Companhia Aérea Itália (CAI), futura compradora da Alitalia, sobre a questão dos novos contratos. Os trabalhadores continuaram apoiando a linha dura, apesar de os sindicatos autônomos, ANPAV, AVIA, UP, SDL e ANPAC, que se opõem à assinatura dos novos contratos ofertados pela CAI, consideraram inoportuno, por enquanto, apoiar o bloqueio imediato. As centrais sindicais preferem, conforme anunciado no domingo, como método de protesto contra a CAI fazer 15 dias de greve repartidos entre novembro e maio de 2009. O caos nos aeroportos de Roma é total e se agravou depois que o segundo maior terminal da cidade permanece fechado desde esta manhã após um avião da Ryanair ter precisado fazer um pouso de emergência após se chocar com pássaros.
EFE
Um comentário:
Comprei passagens para a Itália, em março/2008, para viajar nos dias 06 a 18/12/2008, pela Alitália. Desde que essa crise toda começou, não tive um minuto de paz. Estou inseguro com relação a tudo e para mim e minha esposa, a viagem tem um significado muito especial. Nem é possível mudá-la mais. Os pilotos e comissários têm seus direitos, e como ficam os clientes da empresa? Qual é o grau de responsabilidade dos funcionários para com os clientes? Esperamos conseguir realizar nossa viagem sem maiores contratempos. E depois, vou torcer fervorosamente pela falência total dessa empresa e que seus funcionários, que desrespeitam a agonia dos clientes, sofram o suficiente para entenderem o que estou sentido e o motivo de estar tão bravo com a empresa.
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