terça-feira, 4 de novembro de 2008

EUA eleições - políticos italianos comentam eleições


Roma, 4 nov, Ansa - Os ex-primeiros-ministros italianos Romano Prodi e Giuliano Amato falaram hoje sobre as eleições presidenciais norte-americanas e sobre as chances do democrata Barack Obama de se tornar presidente dos EUA. Prodi afirmou, em sua coluna no jornal Il Messaggero, que a crise econômica está "ajudando Obama". O ex-chefe de Governo atribuiu a vantagem de Obama sobre o rival republicano ao fato dos EUA viverem "no medo". "O medo de uma crise econômica da qual não se conhecem as dimensões e para qual, além do mais, não se têm as soluções", frisou Prodi. "O medo de uma progressiva queda da demanda dos consumidores e de uma evaporação das poupanças na crise imobiliária e nos misterioso subprime" favorecem Obama, explica Prodi, "e não apenas porque ele pode descarregar a responsabilidade da crise sobre as costas de um passado pelo qual ele não é evidentemente responsável". "A crise econômica mudou em poucas semanas a economia do mundo. Agora provavelmente vai mudar a política", concluiu o ex-chefe de Governo. Para ex-primeiro-ministro Giuliano Amato, entrevistado pelo Il Messaggero, "Obama reforça o sonho americano". Se Obama vencer, "significa que para qualquer um será possível fazê-lo". Amato afirmou acreditar que os EUA possam voltar "a exercitar o papel de 1º global player em um ambiente não-hostil". Segundo Amato, "é sentida a falta de uma política norte-americana que consiga agregar consensos, aumentando os sentimentos de amizade em relação à Washington". Amato não vê no republicano John McCain "a capacidade de mudar as emoções profundas em relação aos EUA. Essa é a grande diferença e a grande distância entre os dois". Além disso, o ex-chefe de Governo afirma que McCain "não demonstrou ter aquela visão que o presidente dos EUA deve ter. Isso também leva a preferir Obama".

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