domingo, 9 de novembro de 2008

Pernambuco recebe Festival de Bonecos

Bonecos de todos os tamanhos e nacionalidades invadem o Recife no maior festival de bonecos do Brasil. São figuras cativantes, a ponto de muita gente achar que algumas são de carne e osso. A reportagem é de Beatriz Castro e Marcone Prysthon. Criaturas feitas de espuma, tecido e paixão. Há 22 anos, o bonequeiro Marcondes Lima do Recife leva adiante a arte dos bonecos. “Há uma necessidade que desde criança nós temos de animar, de dar vida, de brincar. Esse sentido do lúdica, da brincadeira, para mim é o que encanta crianças e adultos. Os adultos viram crianças diante do boneco”. Eles parecem ter vida própria. As pessoas cercam, olham, pegam, fotografam, arriscam um palpite. “Não sei se é um boneco ou uma pessoa”. “É um ator, com certeza”. As expressões e os movimentos são tão perfeitos que ele nem parece boneco. E o Dirk não é mesmo um boneco como os outros. Ele é um boneco-robô. Para os mais desconfiados só resta tirar a prova: dentro existe um esqueleto de sucata. O boneco que veio da Holanda tem o poder de transformar adultos em crianças e despertar encantamento. O artista popular também veio alegrar o povo. Trouxe Simão e Quitéria. Mais de 300 bonecos do Brasil e do exterior começaram por Pernambuco uma caravana mágica que vai percorrer seis capitais do Nordeste. Em cena, os mais diferentes personagens soltam a voz, tocam instrumentos, dão um show no trapézio. Os artistas vestidos de preto se escondem no anonimato para que a magia dos bonecos se realize. “Dialogar com esse passado, beber dessa fonte maravilhosa e criar coisas importantes para o futuro é fundamental para os filhos da gente, para os netos da gente, para a criatividade continue e seja passada neste caldeirão cultural que é o teatro de bonecos”, declarou Lina Rosa, curadora do Festival de Bonecos Sesi.
Globo on line

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