O chefe de Governo da Itália, Silvio Berlusconi, falou sobre suas expectativas para o fim da crise econômica mundial em seu primeiro pronunciamento público após a agressão que sofreu..
"A retomada [econômica, ndr.] ocorrerá, porque todos os indicadores vão nesta direção", afirmou o primeiro-ministro, em declarações à Rádio Anch'io.
O premier, no entanto, ressaltou que o fim do colapso financeiro exige que "todos reajam positivamente, com confiança e otimismo, porque sem otimismo não se vai a nenhum lugar".
"E eu espero também que todas as fábricas de derrotismo, de pessimismo, parem de produzir uma atmosfera que não é somente de ódio e de violência na política, mas também negativa sobre o plano de consumos e investimentos", defendeu Berlusconi.
Segundo o chefe de Governo, "todos devem colocar na cabeça que, para sair da crise, devemos ter confiança em nós mesmos e olhar o futuro com otimismo".
"Devemos ter isso presente [no pensamento, ndr.] para sair antes e melhor que os outros vizinhos europeus desta crise que, certamente, é grave e profunda e da qual nós, italianos, não temos nenhuma culpa", criticou.
O ministro da Economia da Itália, Giulio Tremonti, afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país poderia crescer mais de 1% em 2010 como parte dos efeitos da superação da crise mundial. Nos últimos dois anos, a retração acumulada da Itália foi de 6%. Para este ano, analistas preveem uma recessão de 5% no PIB, sendo que, em 2008, ano em que começou a crise, a contração foi de 1%.
Berlusconi, no entanto, afirmou que, "em um momento de crise, o nosso sistema demonstrou ser sólido, a começar pela solidez dos bancos" e que o governo conseguiu "manter as contas públicas em ordem, coisa que não ocorreu em muitos países europeus".
"Foram 18, 19 meses de trabalho extraordinário de todo o governo e de uma equipe excepcional", comentou o premier, referindo-se ainda aos avanços obtidos no período. Para o primeiro-ministro, o governo "respondeu bem a todas as emergências que precisou intervir".
O chefe de Governo citou algumas das "emergências", entre elas o terremoto de 5,8 graus na escala Richter que atingiu a região de Abruzzo em abril deste ano e a luta contra a máfia.
"A máfia é um fenômeno patológico que nós queremos derrotar definitivamente nos anos que restam desta legislatura. Queria ressaltar que, mesmo com as acusações referentes, sobretudo, ao presidente do Conselho, nunca nenhum governo da história da República [italiana, ndr.] agiu assim, com tanta determinação e eficácia na luta contra as organizações criminosas", ressaltou o premier.
Berlusconi está afastado das atividades públicas devido à agressão que sofreu no último dia 13, ao término de um comício em Milão.
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