A decisão de alguns professores do ensino primário da província de Cagliari, de não realizar a tradicional festa de Natal por respeito às crianças da religião islâmica tem causado polêmica.
"É impensável trocar as nossas crenças religiosas", disse o assessor regional da Cultura e do Ensino Público, Lucia Baire, ao comentar o assunto.
Baire esclareceu ainda que "o diálogo, o respeito recíproco e a convivência com as outras religiões são, para nós, um valor, mas, por isso mesmo, não podemos renunciar ou perder a nossa identidade".
A polêmica foi gerada por dois professores de uma escola local, que decidiram não participar das festividades organizadas para o fim do ano.
Os docentes argumentaram que previa-se a celebração do Natal com a leitura de um trecho da Bíblia, o que "forçaria" as crianças muçulmanas -- que fazem parte de suas turmas -- a participarem do encontro.
"A decisão [de não participar] foi tomada em consenso com os organizadores [do evento] e não acreditamos que algum direito tenha sido lesado", disseram os dois em um artigo publicado na região.
O Natal é uma festividade cristã que celebra o nascimento do menino Jesus, em 25 de dezembro. O islamismo, por outro lado, não considera a data um evento religioso e, por isso, não o comemora.
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