domingo, 13 de junho de 2010

Frei Rovílio Costa


Frei Rovílio Costa
 (Veranópolis, 20 de agosto de 1934 – Porto Alegre, 13 de junho de 2009)
 religioso, escritor, historiador e editor brasileiro.

Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Mestre em Educação e Livre Docente em Antropologia Cultural. Foi professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, diretor e professor da EST (Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes), de Porto Alegre. Na infância, sofreu meningite e passou três anos na cama, período em que nele despertou a vocação religiosa, ao perceber como um sacerdote pode levar paz a um enfermo. Na condição de sacerdote, foi vigário em Ipê, Antônio Prado e Porto Alegre (RS). Teve destacada atuação na Penitenciária Estadual do Jacuí e no Presídio Central de Porto Alegre como coordenador de grupos, organizador de atividades sociais, religiosas e culturais. Luis Alberto de Boni, seu amigo de 50 anos, conta que acima de tudo ele foi um padre dedicado totalmente às pessoas. Não dá para imaginar quantos doentes ele atendia o dia inteiro.Fundou e dirigiu até morrer a EST Edições, através da qual editou mais de 2.400 obras de mais de 3.000 autores, principalmente sobre imigração italiana, alemã, judaica e a escravidão negra. Nos últimos vinte anos, dedicou-se a publicar documentos inéditos existentes no Arquivo Histórico e no Arquivo Público do Rio Grande do Sul. Ultimamente, vinha publicando cartas de alforria de escravos. João Carneiro, presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, lembra com propriedade: Era uma pessoa que apostava no conteúdo e não no apelo comercial da obra. Doou milhares de livros, criando numerosas bibliotecas em municípios gaúchos. Era membro do Instituto Histórico de São Leopoldo, da Academia Rio-Grandense de Letras e da Academia Brasileira de Jornalismo. Recebeu distinções como a Medalha Simões Lopes Neto, Amigo do Livro, Prêmio Literário Érico Veríssimo, Prêmio Ilha de Laytano, Medalha Negrinho do Pastoreio, Comenda Dante de Laytano, Cidadão Honorário de Porto Alegre e Patrono da 51ª Feira do Livro desta cidade. Era patrono também de pelo menos três bibliotecas públicas no Estado. Escreveu mais de vinte livros e publicou centenas de artigos em jornais e revistas do Brasil e da Itália, entre os quais a revista Educação e Realidade, que fundou e dirigiu por quinze anos. Apesar disso, não se considerava um escritor. Prestou apoio fundamental ao evento Encontro dos Municípios Originários de Santo Antônio da Patrulha, publicando os anais de todas as suas quase vinte edições.  ( Fonte Jornal BB de Porto Alegre, junho 2009)


Um ano sem Frei Rovílio Costa

Ele nos deixou dia 13 de junho de 2009.
Era um mestre, um doutor, mas antes de tudo um sacerdote, um capuchinho.
Conquistou uma cultura imensa, mas, como São Francisco, falava a linguagem de todos que o procurassem.
Era todo humildade e fraternidade.
Tinha todas as virtudes que eu considero imprescindíveis em um ser humano.
Sua biografia está escrita na nossa história, mas apenas quem o conheceu, quem teve suas mãos seguras pelas dele, a olhar dentro dos olhos de seu interlocutor sabe o quanto era especial.
Sei que a perfeição não existe neste mundo, talvez por isto Deus o tenha levado.
Não havia mais espaço para ele nesta terra. E havia trabalhado demais.
Como disse uma amiga querida, ficamos todos órfãos...
E esta saudade dói muito.
Mas o carinho e as boas recordações ficarão para sempre!
Até um dia, querido Frei!

Mirna Lanius Borella Bravo
Porto Alegre, RS
13 de junho, 2010

Nenhum comentário: