quarta-feira, 7 de julho de 2010

Familiares e amigos visitam legado de frei Rovílio

Conhecer a exposição que homenageia frei Rovílio Costa, um dos maiores pesquisadores da imigração no Estado, foi especial para amigos e familiares do religioso, morto no dia 13 de junho de 2009, aos 74 anos. Aproximadamente 50 pessoas visitaram a mostra Herança Cultural Viva, sábado, no Museu dos Capuchinhos.     Vindos de Veranópolis, Nova Prata, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Vila Flores e Porto Alegre, os parentes puderam rever a história do Frei das Letras. A família ainda não conhecia a mostra que reúne escritos, fotos, vestimentas, medalhas e troféus do frade.

O irmão de frei Rovílio, Antônio Costa, 82 anos, e a esposa, Armelinda, 81, viram também imagens do capuchinho em momentos de descontração com seus gatos e livros de poesias da época de seminarista.

A jornalista Marilene Dorneles, 32, deixou Porto Alegre para visitar pela primeira vez a exposição em homenagem ao tio-avô. Para ela, além do reconhecimento ao trabalho de frei Rovílio, a mostra preserva a memória do religioso.

– A exposição é um quebra-cabeças, onde você vai juntando as peças e consegue remontar a vida, a história e o trabalho do frei Rovílio. Além disso, cada visitante é surpreendido por uma enorme mesa repleta de obras editadas por ele com um cartaz escrito “Adote um livro”, saciando a sede de leitura de cada um – destaca.

Amigo e admirador do trabalho de frei Rovílio, o desenhista Gilmar Pedron Lorenzi, 46, acompanhou a família na visita ao Museu. Apesar de morar em Caxias, Lorenzi também não tinha visto a exposição.

– Tem parte da obra, vestimentas, medalhas e troféus. Achei bem interessante – diz.

Quem é
Natural de Veranópolis e caçula dos sete filhos de Amilcare Costa e Maria Moretti, Rovílio Costa tornou-se sacerdote em 1960. Nos últimos anos, atuava na paróquia Nossa Senhora do Líbano, em Porto Alegre. Formado em Filosofia, Pedagogia e Teologia, com especialização em Antropologia e mestrado em Psicologia da Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), frei Rovílio foi patrono de inúmeras Feiras do Livro no Estado, inclusive a de Porto Alegre, em 2005.
Criou a Escola Superior de Teologia (EST) Edições, em Porto Alegre, escreveu mais de 20 livros e publicou mais de 2 mil títulos. De todos livros editados, os mais significativos e populares são os que trazem o personagem Nanetto Pipetta, de frei Aquiles Bernardi.

Serviço
- O que: exposição Herança Cultural Viva
- Quando: até 10 de novembro, de segunda a sexta das 8h às 11h e das 14h às 17h30min (visitação de grupos com 10 ou mais pessoas devem ser agendadas pelo telefone (54) 3232.9418)
- Onde: Museu dos Capuchinhos (Rua General Mallet, s/n, bairro Rio Branco)

colaboração Mirna Lanius Borella Bravo - RS

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