quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sul da Itália: atraso nunca foi superado

Roma - Quase um século e meio após a unificação da Itália, as diferenças estruturais entre o norte e o sul do país continuam relevantes, como destacam os resultados de um estudo realizado pela Agência para o Desenvolvimento do Sul (SVMEZ, de sua sigla original) sobre a situação econômica nas regiões meridionais, publicado ontem (20) em Roma.

A diferença entre as regiões é particularmente evidente nos dados do Produto Interno Bruto (PIB) por habitante: no sul é de € 17.317 anuais, contra os € 29.449 no centro-norte.

De fato, no ano passado os investimentos industriais no sul da península caíram 9,6%, com 100 mil empregos perdidos no biênio 2008-2009, dos quais 61 mil só em 2009.

Esta falta endêmica de recursos leva necessariamente a um corte drástico das despesas: uma família em cinco no sul da Itália não tem o dinheiro necessário para pagar um médico de confiança ou para o aquecimento de sua casa, 30% não podem comprar roupas e 16,7% pagam suas contas com atraso.

Segundo a SVMEZ, a chave para qualquer projeto de retomada do desenvolvimento nas regiões meridionais são os investimentos públicos em infraestruturas, pelo menos € 60 bilhões, que serviriam para impulsionar a economia local e reavivar as atividades privadas.
 
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