quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Italianos buscam encerrar conflito emtre Berlusconi e Fini

Roma - Uma proposta de "cessar-fogo" entre o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, e o presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, surgiu ontem(11)  para dar fim ao conflito iniciado há duas semanas.     O premier e seu então aliado romperam um relacionamento de amizade política quando o conselho diretivo do partido Povo da Liberdade (PDL) votou pela saída do titular da Câmara, um dos cofundadores da agremiação.     Com o afastamento, Fini criou um novo grupo parlamentar, o Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), que poderia causar desequilíbrio no governo com a perda da maioria de Berlusconi no Congresso.

O primeiro sinal do fim do embate seria a divulgação de uma nota assinada por senadores do PDL que aderiram à bancada do FLI. No texto, eles disseram que "após as polêmicas de agosto, em setembro o caminho a ser seguido deve ser o de um sério debate".

"Somos conscientes de que a estabilidade do governo é um valor econômico-social, e que o respeito aos eleitores é um valor de moral política", afirmaram.

Para os aliados a Fini, "é indispensável pôr no centro da nossa ação o interesse da Itália, enfrentado com decisão temas prioritários, o fisco, o federalismo, a questão do sul, as reformas institucionais e a Justiça, e nós trabalharemos nessa direção".

Poucas horas depois, Berlusconi respondeu, por meio de comunicado oficial. Segundo ele, falta "reconhecer que o mandato eleitoral recebido e o programa de governo votado por milhões de italianos devem ser respeitados como um valor ético absoluto", e que essa é a "única atitude responsável e construtiva diante de nossos eleitores".

"Além das palavras irresponsáveis e às vezes delirantes pronunciadas por alguns contra o governo ou contra a mesma maioria a que pertencem, será seguramente possível voltar a achar essa unidade", acrescentou.

Após a posição amena de Berlusconi, os chefes da bancada do FLI no Parlamento, Ítalo Bocchino e Pasquale Viespoli, sustentaram que "a disponibilidade do chefe de Governo em busca de uma nova unidade entre as frentes da centro-direita é um sinal positivo".
 
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