Enzo Bearzot, treinador campeão do mundo pela Itália em 1982 (Foto: agência Getty Images)
Todos com pouco mais de trinta anos, devemos a esse senhor parte de nossa educação sentimental.
A Itália se lembrará dele pelo sorriso de homem bom, a simplicidade, e pelo título.
Nós, por uma lição que não merecíamos ter tomado.
Na Copa de 1982, Enzo Bearzot tinha em mãos um excelente goleiro, alguns bons jogadores e um centro-avante envolvido em manipulação de jogos com a máfia.
Nós tínhamos uma constelação. É verdade que nossa defesa não marcava lá muito bem. Mas como obrigar craques a marcar alguém?
Depois de uma primeira fase sofrível, a Itália eliminou a Argentina. Parecia ter ido longe demais, até aquela tarde em Barcelona.
Com três gols de Paolo Rossi, a organização venceu a exuberância. Dizem que foi o dia em que perdemos o encanto. Ficamos mais doze anos na fila.
Bearzot virou lenda. Ninguém dirigiu por tanto tempo a Azzurra. Mas nenhum estrangeiro nos ensinou tamanha lição: que é possível amar os derrotados.
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