O bolo Rei chegou a Portugal no final do século XIX e foi popularizado pelas doceiras de Lisboa e Porto. A tradição chegou ao Brasil com imigrantes portugueses. Hoje o bolo é a estrela da festa de 6 de janeiro, quando os cristãos celebram a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos. Segundo a tradição, o Bolo Rei deve ser acompanhado de dois mimos: uma fava e um presente. Quem receber a fava na sua fatia de bolo, terá sorte no ano e pagará o Bolo rei do próximo 6 de janeiro. Quanto ao presente, trará riqueza a quem encontrar.
Em alguns municípios sergipanos, a Batalha das Cabacinhas faz parte das comemorações do Dia de Reis. Na "batalha", uma brincadeira inspirada nos antigos carnavais, quando as pessoas "guerreavam" com talco, farinha e ovos, as cabacinhas - feitas de parafina e recheadas com água perfumada -, são atiradas nas pessoas, sem causar nenhum dano.
Nos municípios fluminenses, um dos hábitos referentes ao Dia de Reis é a confecção do bolo de reis, que leva quatro prendas misturadas à massa comum: um anel, uma cruz, uma moeda e um dedal. Cada objeto traz um simbolismo: o anel significa casamento; a cruz, convento; a moeda, dinheiro e o dedal, trabalho.
Há também a prática popular de colocar na palma da mão esquerda três sementes de romã. Estas devem ser seguras, uma a uma, entre o polegar e o indicador direito, levadas entre os dentes e mordidas levemente. Após morder, recita-se: Baltazar, traz meu dinheiro de volta; o mesmo deve ser feito com as outras duas sementes, substituindo o nome Baltazar pelo dos reis Belchior e Gaspar. As três sementes devem ser guardadas envoltas em papel, na carteira de dinheiro até o ano seguinte, quando deverão ser plantadas em jardim ou vaso de planta, sendo substituídas por novas sementes, após o ritual descrito. Acredita-se que prática garante dinheiro farto durante todo o ano que se inicia.
Há uma variação desse costume que envolve romãs. Para fazer a sua fezinha, abra a fruta e chupe três sementes. Guarde-as, e no Dia de Reis coloque-as na carteira. O ritual garante sorte nas finanças durante o novo ano.
No Ceará, existe a Tiração de Reis, caracterizada por um grupo de pessoas que visitam amigos ou conhecidos a partir do dia 2 de janeiro ou na véspera do Dia de Reis. Nas visitas, eles cantam e dançam versos relacioandos com a data, ao som de instrumentos, e solicitam alimentos e dinheiro. É tradicional utilizar a arrecadação para a ceia no dia de Nossa Senhora das Candeias (2 de fevereiro).
Na Rússia o Natal, não é comemorado nem no dia 25 de dezembro, nem em 6 de janeiro. A data é celebrada em 7 de janeiro, quando, segundo a tradição natalina dos russos, a ceia deve ter muito mel, grãos e frutas, mas nenhuma carne.
Na Espanha, no dia 6 de janeiro há desfiles com reis magos em todo o País. De suas carruagens, eles jogam balas e doces para as crianças. Também é neste dia que as crianças recebem presentes, que, acreditam, foram deixados pelos próprios reis durante a madrugada.
Os cubanos trocam presentes no dia 24 e as crianças acreditam em Papai Noel. No entanto, a tradição dos reis magos é bem mais forte. No dia 6 de janeiro, as crianças costumam até deixar um pouco de comida para os camelos dos reis, ao lado de uma cartinha com o que querem ganhar.
Em Potugal, não há troca de presentes porque esses já foram entregues pelo Natal, mas come o bolo rei e os adultos bebem vinho do Porto. O bolo rei é diferente de todos os outros. Dentro dele há uma fava e uma prenda. Quem pegar a fava fica obrigado no ano seguinte a pagar o bolo. Aquele que ganhar a prenda fica no ano seguinte a pagará o vinho do Porto. A diferença do bolo rei além de estar na forma da coroa de um rei também está no recheio e enfeite, com frutos secos (amêndoas, nozes, pinhões) e frutas cristalizadas. Todos estes frutos simbolizam as jóias que enfeitam as coroas dos reis.
Massa
200 g de manteiga em temperatura ambiente
1 xícara (chá) de açúcar mascavo
4 ovos
1 lata de Leite Moça Tradicional
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento químico em pó
1 xícara (chá) de fruta cristalizada
1 xícara (chá) de uva passa preta sem semente
Glacê
2 xícaras e meia (chá) de açúcar de confeiteiro
2 colheres (sopa) de leite quente
2 colheres (sopa) de suco de limão
Modo de Preparo
Massa: Bata a manteiga na batedeira até virar um creme. Adicione o açúcar mascavo e junte as gemas uma a uma, batendo sempre até que fiquem bem incorporadas à massa. Acrescente o Leite Moça® em fio, sem parar de bater. Desligue a batedeira e misture a farinha de trigo peneirada junto com o fermento, as frutas cristalizadas e as passas. Por último, incorpore delicadamente as claras em neve. Asse em fôrma grande com furo central (25cm de diâmetro), em forno médio (180ºC), preaquecido, por cerca de 1 hora. Desenforme o bolo ainda quente.
Glacê:
Misture os ingredientes e despeje sobre o bolo. Decore com cerejas e folhinhas feitas com figo ou limão
Dados sobre o Bolo dos Reis em http://www.blocosonline.com.br/
Receita e foto do Bolo dos Reis em http://www.nestle.com.br/
Colaboração Marina Bergotti/Marcos M.Solano
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